Reze pelas almas
*Por Monsenhor Jonas Abib
Muitas vezes somos criticados por rezarmos pelos mortos. Independente disso, precisamos rezar, pois os que foram para o purgatório não podem mais fazer nada por si. Eles dependem de nós, das orações da igreja, de oferecermos por eles sacrifícios.
Purgatório vem do latim, purgare, para nós é purificar, portanto igual a purificatório. A realidade do purgatório é a consequência da misericórdia infinita de Deus, que vai além de todos os limites desta Terra. Ainda na eternidade nós somos objetos da misericórdia de Deus. E é linda a possibilidade de, depois da nossa morte, nos expiarmos, purificarmos os nossos pecados.
Os santos dizem que o fogo do purgatório é semelhante ao fogo do inferno. Enquanto o fogo do inferno é para os condenados, para o tormento deles, este mesmo fogo é para aqueles que se salvaram, mas ainda não estão purificados. Como ocorre com o ouro, que passa por altíssimas temperaturas para remover todas as impurezas.
Quanto tempo faz que você não reza pelos seus entes falecidos? Muita gente chora, mas não reza, não manda celebrar missa pelos seus falecidos. Quanto tempo faz que você nem pensa na existência do purgatório?
Que beleza quando nós compreendemos o que é a realidade do purgatório. A passagem bíblica 2º Macabeus 12,46 narra o sacrifício expiatório oferecido pelos mortos para que estes fossem absolvidos dos pecados. Ela mostra a possibilidade das pessoas serem absolvidas por meio das nossas orações, dos nossos sacrifícios oferecidos.
Hoje o grande e único sacrifício substituiu todos os outros sacrifícios antigos: o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo que é renovado em cada missa; por isso desde o começo da Igreja já se oferecia o sacrifício da missa em expiação dos pecados daqueles que haviam morrido.
*Monsenhor Jonas Abib é Fundador da Comunidade Canção Nova e presidente de honra da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP).
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