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DENGUE
Rondônia está entre os estados com risco de epidemia

Data da notícia: 2014-11-05 18:20:17
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(Da Redação) Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (4) indicam que 533 municípios brasileiros estão em situação de alerta para a dengue e 117 correm o risco de registrar uma epidemia da doença. As cidades classificadas como em situação de alerta apresentam larvas do mosquito entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados, enquanto as que se enquadram em situação de risco registram índice superior a 3,9%.

As informações integram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegypti (LIRAa), feito em outubro, que analisou a existência de locais com larvas em 1.463 cidades. Seu objetivo é apontar as regiões com maior risco de transmissão das doenças.

Belém (PA), Porto Velho (RO), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), São Luis (MA), Aracaju (SE), Vitória (ES), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS) são as capitais com maior risco de infestação. A região Nordeste é a que concentra mais municípios em situação crítica: 96 das 727 localidades nordestinas pesquisadas.

No ano passado, o LIRAa apontou 159 municípios em situação de risco e 539 em alerta. Apesar do número de cidades consideradas críticas ter sido menor este ano em relação a 2013, há uma preocupação maior por causa dos casos de chikungunya. Até 25 de outubro, foram diagnosticados 824 casos da febre no país. O primeiro foi confirmado em setembro. Já os casos de dengue somam 556.317 este ano.

PREOCUPAÇÃO - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, admitiu que a similaridade entre a dengue e o chikungunya preocupa. Segundo ele, as medidas de enfrentamento e prevenção são parecidas e poderiam provocar perda da capacidade de diagnosticar e conduzir os casos de dengue ? maior preocupação do governo devido à sua letalidade.
?Sem dúvida nenhuma, o que preocupa mais é, a dengue. Nós não teremos óbitos por chikungunya e nós temos óbitos com a dengue. Muito embora tenhamos reduzido em 40% o total de mortes de 2013 para 2014, tem uma manifestação mais grave, muito mais preocupante que chikungunya?, disse. Neste ano, 379 pessoas morreram por dengue no país, segundo o Ministério da Saúde.

NOVA CAMPANHA - Com o slogan ?O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também?, o ministério lançou uma campanha nesta terça para chamar a atenção sobre a importância da prevenção ao mosquito transmissor das duas doenças. Foram produzidas peças publicitárias com imagens que mostram os criadouros do Aedes aegypti, como vasos de plantas com água, sacos de lixo, caixas d?água abertos, pneus desprotegidos e garrafas plásticas destampadas. De acordo com a pasta, é preciso destacar que a forma de combate ao foco do mosquito é a mesma para se evitar as duas doenças.

SINTOMAS - A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa. Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diferente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos, tratam-se de vírus diferentes. Com informações da Ag.Brasil e do G1.

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