Solidariedade em primeiro grau
Solidariedade em primeiro grau
* Adilson Luiz
As imagens que nos chegam de Santa Catarina são dramáticas: inundações, deslizamentos monumentais, localidades ilhadas e, as mais trágicas, tragédias familiares!
Fica difÃcil encontrar esperança diante de tantas perdas, muitas irreparáveis. Não é nada fácil consolar homens, mulheres e, principalmente, crianças que, subitamente, tornaram-se vÃtimas impotentes do que não podem controlar. Nem as chuvas intensas conseguiram disfarçar as lágrimas nos rostos de nossos irmãos catarinenses.
Mas o brasileiro também é, pela própria natureza, um forte! Forte para sobrepujar os limites e dificuldades da vida. Forte para buscar esperança e fé onde ninguém mais procuraria.
à essa mesma força que também pode ser percebida nos olhares dos que sabem que vão precisar reconstruir suas vidas e seguir em frente. O momento, no entanto, é de fragilidade e premência, e Santa Catarina pede ajuda!
Como não ajudar uma santa? Como ignorar o apelo de um estado que nos acolhe com tanto carinho e alegria, aliás, como todos os rincões desse maravilhoso paÃs?
Lembro de um antigo ?jingle? da Varig, cujo refrão dizia, com festivo sotaque germânico: ?Santa Catarrrina é um amorrr!?. E amor sempre precisa ser retribuÃdo!
à assim foi que, prontamente, todo o Brasil mobilizou-se para enviar água, calor e alimento para os ?barrigas verdes?. A solidariedade e o altruÃsmo confirmaram, novamente, que tem outro sinônimo: brasilidade!
Nosso povo, mais uma vez, mostra sua imensa e intensa capacidade de, mais do que estender a mão, abraçar seus semelhantes; sua objetividade anônima, espontânea e gratuita, que dispensa retóricas e falácias.
Espero que, nesse momento difÃcil, nossos polÃticos e autoridades estejam à altura desse povo maravilhoso! E aproveitem para continuar assim, depois.
* Adilson Luiz Gonçalves é mestre em Educação
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