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Realidade hídrica nas áreas urbana e rural é tema de palestras

Data da notícia: 2015-03-24 10:27:08
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(Da Redação/Assessoria) A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizou na manhã da última sexta-feira (20) o ciclo de palestras com o título A Crise Hídrica do país: qual a nossa contribuição? nas dependências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Ji-Paraná (IFRO). Com a presença maciça de alunos da instituição, que lotaram o auditório, a temática foi desdobrada em quatro palestras seguidas de um intenso debate com os estudantes, totalizando quase quatro horas de evento. Depois da manifestação da mesa de honra, composta por autoridades da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Ji-Paraná (Agerji), do Batalhão de Polícia Ambiental e representante do deputado estadual Airton Gurgacz, do Ifro, a secretária de Meio Ambiente, Kátia Casula, também fez uso da palavra e declarou aberto o evento.
Antes do início das palestras, a estudante de Ciências Biológicas do Ceulji/Ulbra, Tuany Cavalcante, fez a leitura do poema ?Água, um bem precioso?, de autoria do poeta Sérgio Moraes. Em seguida, o primeiro palestrante, o professor e biólogo Francisco Carlos Silva, do Ceulji/Ulbra, fez a sua apresentação falando sobre a importância dos fragmentos florestais e mananciais urbanos.
Ele ressaltou a importância da conservação destes pedacinhos de mata nativa que ainda restam em Ji-Paraná, porque são importantes para o clima, para a diversidade, para o aparecimento de água e para a saúde dos jiparanaenses. O professor também apresentou dados parciais de uma pesquisa que está realizando com um grupo de alunos nestes fragmentos de florestas, nos dois distritos da cidade.

Meio Rural
O segundo palestrante foi o professor Fernando Rebouças Sampaio, do Ifro, que apresentou o tema Produção e Água no Meio Rural, com o qual alertou que o desmatamento crescente, o selamento das superfícies urbanas, as erosões e o manejo incorreto do solo estão dificultando que as águas da chuva e de nascentes se infiltrem no solo. Segundo ele, este processo e, em parte, responsável pelas altas temperaturas da região. ?Para onde está indo toda esta água, quanto está sendo desperdiçado e quem está sendo beneficiado??, questionou o professor no final de sua apresentação.

Florestas Tropicais
Na terceira apresentação o professor Igor Fotopoulos, da Unir, abordou a temática Dinâmica do Fluxo de Energia em Ecossistemas, Florestais e Aquáticos, com o qual discorreu sobre o comportamento das florestas tropicais e o seu regime de águas. Ele também se mostrou preocupado com a agressão ao meio ambiente da região e a consequente sobrevivência das nascentes. ?Infelizmente há uma desproporção grande entre a velocidade do desmatamento e a velocidade das soluções científicas pesquisadas na universidade?, declarou o professor à plateia de estudantes.
O comportamento dos ?rios voadores?, como se formam e se comportam foi outro interessante item de sua fala aos estudantes.

Igarapé Conceição
Encerrando o ciclo de palestras, o professor Rubem Olino da Rosa, da Escola Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, de Nova Londrina, mostrou como foi encaminhado um trabalho de análise da poluição do Igarapé Conceição, com os seus alunos de Ensino Médio.
?Nosso objetivo foi o de analisar a qualidade de água deste igarapé através de experimentos simples de química, com análises de turbidez da água, análise de pH e Oxigênio dissolvido?, explanou. A conclusão do seu experimento, segundo o professor, foi a de apurar que é preciso que a coleta de lixo no Distrito de Nova Londrina seja intensificada e que haja maior disponibilidade de lixeiras nas residências próximas ao igarapé.

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