Mercado de trabalho perde 40 mil vagas
Pela primeira vez, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, em 2003, houve queda no número de postos de emprego. A queda no número de vagas foi registrada no último mês de novembro.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciou a redução de 40.821 vagas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo Lupi, o número negativo já é reflexo da crise. O setor mais atingido foi a indústria de transformação, onde a queda foi mais elevada, com a perda de 80.798 empregos. O comércio foi o setor que se saiu melhor em novembro, criando 77.886 postos de trabalho.
Neste ano, até o fim de novembro, foram criados 2.107.150 empregos. Como o mês de dezembro costuma ser de redução, em média de 300 mil vagas, o ministro do Trabalho e Emprego disse esperar que o ano feche com um acréscimo entre 1,85 milhão e 1,95 milhão de postos de trabalho, número que ultrapassaria o recorde de 2007, quando foram criados 1,617 milhão de empregos.
?Ao contrário da maioria dos economistas, acho que os efeitos mais graves dessa crise passarão até março?, afirmou o ministro. Lupi atribuiu sua crença ao efeito positivo que a posse de Barack Obama significará para a recessão que os Estados Unidos enfrentam há um ano.
Também contrariando economistas, inclusive do governo, ele disse que a economia brasileira crescerá, em 2009, mais do que os 4,5% previstos. ?Eu sempre acerto?, completou.
O ministro acredita que, para o próximo ano, mesmo com a crise, será possível criar mais 1,5 milhão de postos de trabalho. Se a previsão for confirmada, terão sido criados no governo Lula, até o início de 2010, ano de eleições, mais de 11 milhões de empregos.
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