Novos prefeitos
Novos prefeitos
Pedro Cardoso da Costa *
Dia 1º de janeiro 5563 novos prefeitos tomaram posse. Os candidatos eleitos e reeleitos, sem exceção, todos prometeram a solução de todos os problemas durante as campanhas. Depois de leito, os que tiveram mídia já devem ter dito que imaginava a dificuldade. Na posse, a maioria já deve ter certeza de que não cumprirão suas promessas fáceis. Mas isso é uma retórica de uma distorção de fazer política. Ou promete tudo numa fantasia, ou com um discurso real não se elege.
Administrar é priorizar. Uma das principais prioridades deveria ser firmarem um pacto pra extinguirem o analfabetismo formal em 4 anos. Pode não ser possível, mas deveriam tentar, já que se trata de um problema insolúvel, que nem o Mobral, criado há 40 anos quando resolveu. Muitas outras iniciativas discursivas também não solucionaram. Deveriam estabelecer metas claras, plausíveis e tentar cumpri-las. Cada prefeito tem um secretario e uma equipe de educação para isso. Mas a maioria já deve estar arquitetando quem vai ser castigado com transferências absurdas para locais distantes e nenhuma medida de como qualificar os professores para melhorar a qualidade do ensino. Colocar computadores públicos em todos os bairros e vilas.
Sem projetos mirabolantes, deveriam criar políticas de arborização das cidades, vilarejos, e até alguns trechos das zonas rurais. Em especial as encostas das auto-estradas e dos corredores entre o espaço das cercas e o trilha por onde as pessoas passam. Distribuiriam as mudas adequadas aos solos e aos locais e cada proprietário ficaria encarregado de zelar e proteger as árvores.
Na área da saúde, toda prefeitura deveria contratar ao menos um urologista, um ginecologista para exames preliminares, que desafogariam os centros médicos das cidades maiores. Convênios deveriam ser firmados entre cidades pequenas e grandes para que estas arcassem com o tratamento, sob pagamento das cidades pequenas. Pequenos postos de atendimento deveriam ser instalados nos vilarejos, com ambulância disponível para transportar as emergencias. Não permitir a utilização delas para subir e descer com diretores e funcionários. Muitas são mais usadas para isso. Contratar dentistas para orientação de cuidados preventivos.
Informar moradores e comerciantes sobre a obrigação, ao menos social, de manterem calçadas e meios-fios limpos. Às escolas, que orientassem os alunos sobre atos do dia-a-dia, como o respeito às regras de trânsito, alimentação adequada, tomar líquido suficiente, antes que se tenha sede.
Instituir oficialmente torneios de esportes diversos. Alguns com abrangência hierárquica a partir das escolas, dos bairros, das vilas e distritos, para se chegar ao nível municipal, com premiação simbólica e financeira. Torneios de vôlei, de natação em lagoas ou piscinas, de futebol, de dama e de xadrez e outros. Tudo de forma simples e prática. E o cidadão cobrar, exigir, educar-se e não permitir o desvio de verbas e do nepotismo, práticas muito mais comuns do que as sugeridas neste texto.
* Bel. Em Direito
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