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PROTESTO
Autorizado uso de força policial para desbloquear estradas

Data da notícia: 2015-11-10 17:05:58
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, autorizou o uso de força policial para desbloquear estradas fechadas pelos protestos de caminhoneiros nesta terça-feira. A Polícia Rodoviária Federal já recebeu a ordem direta para retirar os veículos, mas ainda não a cumpriu.

Segundo a polícia, a orientação está prevista no Código Nacional de Trânsito e os motoristas podem ser multados em R$ 1.900. Sete Estados têm interdições parciais no momento, de acordo com a Rádio BandNews FM.

Os protestos começaram na segunda-feira, quase nove meses após uma greve nacional dos caminhoneiros. Os atos iniciais aconteceram em Goiás, em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, em Pernambuco, no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Tocantins e em São Paulo.

A categoria diz que os acordos que colocaram fim à paralisação em fevereiro não foram cumpridos pelo governo, como a criação efetiva do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas, que não tem a participação dos motoristas.

Na época da primeira paralisação, eles também pediram por mais pontos de descanso nas estradas, o refinanciamento de dívidas com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social com juros menores e a retirada do PIS/Cofins do diesel. Reivindicações que também não foram atendidas.

Nas redes sociais, os motoristas ganham o apoio de outros grupos como o Movimento Brasil Livre, que pede a saída da presidente Dilma Rousseff.

Os protestos não estão ligados a sindicatos, são de motoristas autônomos, por isso, certas entidades estão criticando o movimento. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral ?qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria?. A CNTA disse ainda não poder admitir que ?pessoas estranhas, sem histórico algum de representação da categoria, utilizem-se do respeito que o caminhoneiro conquistou junto à opinião pública pela força e importância que exercem na economia do país? e que paralisações, greves e protestos são legítimos desde que organizados por entidades sindicais com prerrogativas legais e deflagrados por meio de deliberação em assembleia geral.

Preço do frete

?Os caminhoneiros não precisam de mobilização para derrubar governo. Os caminhoneiros precisam de mobilização para regulamentar frete e preço de frete, para melhorar as condições de trabalho como pontos de parada com estrutura adequada, confortável e segura para atender suas necessidades. Quem realmente representa os interesses da categoria está trabalhando e lutando para concretizar as reivindicações dos caminhoneiros?, disse a entidade por meio de uma nota.

Na segunda-feira, os protestos em São Paulo iniciaram-se por volta das 11h e provocou lentidão de 15 quilômetros na Marginal Tietê, da Ponte dos Remédios ao Arco da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

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