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SÃO PAULO
MTST e estudantes ocupam 25 escolas de SP

Data da notícia: 2015-11-16 18:36:04
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Estudantes ocupam 25 escolas estaduais em protesto contra a reorganização escolar que será implantada em janeiro de 2016 pela Secretaria Estadual de Educação. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp).

O projeto da secretaria prevê o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino da região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo a secretaria, é segmentar as unidades em três grupos (anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio), conforme o ciclo escolar.

A quantidade de escolas ocupadas mais que triplicou desde a manhã de sexta-feira (13). Até aquele momento, alunos ocupavam sete escolas no estado: quatro na capital e três nas cidades de Diadema, Santo André e Osasco, na Grande São Paulo.

Nesta segunda-feira, completa-se uma semana em que a primeira unidade de ensino da Grande São Paulo foi ocupada. Na segunda-feira passada (9), estudantes da Escola Estadual Diadema, localizada no município de mesmo nome, no ABC paulista, se instalaram nas dependências da instituição.

A ação encorajou outros jovens e, nos dias seguintes, o número passou a aumentar. Na terça-feira (10), ocorreu a ocupação da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste da capital. Na quinta-feira (12), foi a vez das escolas Salvador Allende, no Bairro José Bonifácio, região de Itaquera, no extremo da zona leste da capital, e Castro Alves, na Vila Mazzei, na zona norte.

Além dessas, outras duas unidades estaduais, a Escola Professora Heloísa de Assumpção, em Quitaúna, em Osasco, e a Valdomiro Silveira, em Santo André, no ABC paulista, foram ocupadas. Na manhã de sexta, os estudantes chegaram à Escola Ana Rosa, na Vila Sônia, zona oeste da cidade, sétima unidade de ensino da Grande São Paulo a ser ocupada.

MTST

Na tarde da sexta-feira, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) passou a ocupar escolas do estado em apoio ao protesto dos jovens. De sexta-feira até esta segunda-feira, o movimento ocupou seis escolas na Grande São Paulo. De acordo com nota divulgada há pouco pelo MTST, foram ocupadas quatro unidades na zona sul da capital (Professor Flávio José Negrini; Professora Neyde Sollitto e Comendador Miguel Maluhy, na região do Campo Limpo; Mary Moraes, no Portal do Morumbi), uma na zona leste (Cohab Inacio Monteiro III; Cohab Inacio Monteiro) e outra em Santo André (Antônio Adib Chammas).

Além dessas escolas, a lista da Apeoesp inclui as unidades Saboya de Medeiros; Antonio Manoel Alves De Lima (Jardim Novo Santo Amaro); José Lins Do Rego (Jardim Ângela); Godofredo Furtado (Pinheiros), zona oeste; João Kopke (Campos Elíseos), região central; Martin Egidio Damy (Brasilândia), Silvio Xavier (Piqueri); Martin Egidio Damy (Brasilândia), na zona norte; Professor Oscavo de Paula E. Silva (Santo André) e Délcio de Souza Cunha (Diadema) e Elizeti De Oliveira Bertini, (Embu Das Artes), na Grande São Paulo, e Carlos Gomes, em Campinas.

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que continua disposta a dialogar com os manifestantes, apesar das constantes negativas desses grupos. A secretaria lamentou que grande parte das invasões seja liderada por representantes de movimentos que desconhecem o processo de reorganização da rede de ensino.

Na nota, a secretaria acrescentou que reconhece o direito à livre manifestação, mas ratifica "que não pactua com movimentos político-partidários que não têm como objetivo a melhoria da qualidade de ensino e cerceiam o direito dos alunos de assistirem as aulas". Informou ainda que todo o conteúdo pedagógico perdido será reposto. (Com informações da BANDNews)

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