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LAVA JATO
Andrade Gutierrez fecha acordo e deve pagar multa de R$ 1 bilhão

Data da notícia: 2015-11-27 16:57:07
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A Andrade Gutierrez fechou, nesta semana, um acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A empreiteira terá que pagar uma multa civil de R$ 1 bilhão para ressarcir o prejuízo da Petrobras. A informação foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira (27) e confirmada pela RPC. O acordo ainda não foi homologado pela Justiça Federal.

Junto com a Odebrecht, a Andrade Gutierrez foi alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em junho deste ano. À época, foram presos vários executivos das empreiteiras, entre eles, os presidentes de ambas.

As investigações apontam que a Andrade Gutierrez e a Odebrecht agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras, por meio de contas no exterior.

Vanessa Teixeira, uma das advogadas da Andrade Gutierrez, afirmou que a defesa não vai comentar o assunto.

Transferências

Nesta sexta-feira (27), três executivos da Andrade Gutierrez saíram do Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles foram transferidos para a carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. A corporação não informou o motivo da transferência.

Otávio Marques de Azevedo, Elton Negrão de Azevedo Júnior e Flavio David Barra são réus em processos originados a partir da Operação Lava Jato. Otávio Marques de Azevedo era o presidente da Andrade Gutierrez, mas foi afastado do cargo recentemente. Ele responde por organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de capitais.

Já Elton Negrão é réu por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele e Otávio Marques de Azevedo foram presos em junho, na deflagração da 14ª etapa da Lava Jato.

Flávio Barra foi detido no mês seguinte, na 16ª fase da operação, relacionada à Eletronuclear. Ele responde pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Na ação penal originada na 16ª etapa, Otávio Marques de Azevedo também é réu, acusado dos mesmos crimes pelos quais já responde no processo referente à 14ª fase da Lava Jato.

Eletronuclear

No dia 29 de outubro, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar para a Justiça Federal do Rio de Janeiro a ação sobre supostos desvios na Eletronuclear descobertos pela Operação Lava Jato. Com a decisão, o caso saiu das mãos do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, como também ocorreu a investigação sobre o Ministério do Planejamento.

Zavascki entendeu que o caso não está relacionado diretamente com o esquema de corrupção na Petrobras, origem das investigações da Lava Jato.Com informações do G1

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