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FRIGORÍFICOS
Deputado denuncia cartel em Rondônia

Data da notícia: 2015-11-30 11:01:59
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(Da Redação) O deputado Adelino Follador (DEM) denunciou, esta semana, da tribuna da Assembleia Legislativa, a prática criminosa da formação de cartel pela rede de frigoríficos instalada em Rondônia. Segundo ele, essa rede está prejudicando a economia estadual, com uma remarcação sistemática para baixo no preço da arroba do boi gordo, que já registra queda de mais de 10% em relação às 31 principais praças (mercados) do País.

Por este motivo, o deputado disse que vai convocar, na próxima semana, os dirigentes dos frigoríficos instalados no Estado para que expliquem na Comissão de Agricultura da Assembleia os motivos desta escalada de maldade contra a economia estadual, que está levando os produtores locais ao desespero de vender carradas de suas desmamas (bezerros) para o centro sul do País, para não amargar com prejuízos ainda maiores com a engorda e acabamento dessas boiadas.

Follador apresentou ao plenário os dados do mercado físico, do último dia 23, sobre a cotação do preço do boi gordo divulgado na revista da Bolsa de São Paulo. Segundo a tabela, o preço da arroba em Rondônia caiu para R$ 123,50, o mais baixo entre todos os preços das 31 praças pesquisadas, que é indicativo de que alguma coisa está errada, tendo em vista que Rondônia está entre os maiores produtores e exportadores de carne.

Ele explicou que enquanto os frigoríficos pagam R$ 123,50 pela arroba de carne de Rondônia, esses mesmos frigoríficos pagam R$ 138,00 pela carne do Mato Grosso, R$ 148,00 em São Paulo e até R$ 156,00 pela arroba da carne em Santa Catarina. ?Não somos tão ingênuos para acreditar que isso é uma coisa normal?, disse Adelino Follador ao decidir pela formalização da convocação dos responsáveis pelos frigoríficos instalados em Rondônia.

O deputado foi enfático na questão da convocação, observando que essas empresas têm o dever de trabalhar honestamente (jogar limpo com o Estado de Rondônia), uma vez que receberam importantes incentivos fiscais para sua implantação e operação, situação que, segundo Follador, exige uma explicação formal desses empresários, sob pena, inclusive, de responderem pelo crime de formação de cartel e de perderem os incentivos fiscais que recebem. Com informações da Assessoria.

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