Correio Popular Notícia



*Sandro Paio
Claudionor, um cidadão participativo
Rondônia ficou bem mais triste esta semana. É que quem acabou de nos deixar foi uma pessoa muito querida, muito amada e muito, muito alegre, que gostava de curtir e aproveitar a vida. Estou falando do cidadão, médico, e, principalmente, ex-senador, Claudionor Couto Roriz, um cearense arretado, que trabalhara alguns anos no Estado do Paraná, e depois viera exercer a Medicina em Ji-Paraná. Para quem não se lembra, Claudionor foi um dos políticos mais influentes do Estado de Rondônia por mais de 30 anos. E não é só isso, foi um dos médicos mais respeitados do Estado, tendo chegado a ser secretário Estadual de Saúde, e, mais do que isso, um cidadão participativo, e, completamente apaixonado por Ji-Paraná e pelo Estado de Rondônia. Figura das mais carismáticas e emblemáticas, Claudionor sempre teve posições fortes e firmes em todos os setores, o que dividia opiniões a seu respeito, fazendo-o tanto ser amado pelos amigos, como odiado pelos inimigos. Mas isso não lhe importava, pois para eles, como cansou de me repetir inúmeras vezes, o mais importante era: o ser humano. Ser humano ao ouvir e atender os outros como médico; bem como lembrar de que, quem ele atendia também era um ser humano. E este era o seu diferencial. O Claudionor que eu conheci em 1978, antes de saber que ele era médico, era um cidadão muito alegre, gostava de comer, de beber, de dançar. Gostava de conversar, contar piadas, discutir política, e se envolver com esportes. Foi um dos fundadores do Esporte Clube Vera Cruz, sendo que, na história do clube, nunca ninguém brigou tanto pelo Vera como eles. Brigou mesmo, do verbo brigar. O Jotão, ex-prefeito de Ji-Paraná, e pilar do Esporte Clube Vila Nova, que o diga e que foi um adversário (ou será parceiro) do tamanho dele. Ele era assim, passional, chegado ao extremo pelo Vera. Como cidadão ativo e participante, Claudionor sempre se envolveu nos mais diversos movimentos, dos que iam desde ajudar uma pessoa necessitada até grandes causas sociais, o que acabou lhe levando a um destaque na sociedade, e, por conseguinte, na participação efetiva em associações, cooperativas, até chegar à organização política, onde se destacou ainda mais, virando líder partidário e depois Senador da República. Como líder comunitário e de muita influência, no final dos anos 70, Claudionor ajudou a agitar a vida da monótona ex-Vila de Rondônia. Não me esqueço de um dos movimentos que ele ajudou a liderar, quando foi inaugurado o prédio de um novo presídio federal que Ji-Paraná ganhara. Como na época, a saúde era ainda mais precária, Claudionor foi um dos que levantaram a bandeira de impedir a inauguração do presídio e transformar o local num hospital regional. Parecia uma loucura, mas eles conseguiram o seu intento e o hospital local, que havia saído do pequeno prédio construído ainda no tempo do Padre Adolfo Rohl, para as improvisadas instalações de madeira de uma escola nos altos do bairro Urupá, para ocupar as bizarras instalações do presídio. Teve gente que odiou, criticou, achou uma loucura. Mas as palavras de Claudionor que calaram essas vozes e que ficou reverberando até hoje em minha mente foi: ?Podem criticar à vontade, porém, o mais importante, é que teremos um local para poder atender muito mais gente, e assim poder salvar muito mais vidas. Pena que aqueles que criticam esta ideia, esquecem que, o que estamos preocupados em salvar são seres humanos?. * é jornalista, publicitário e consultor em marketing...


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