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Movimento Preserva Jipa é contra demolição de catedral

Data da notícia: 2016-02-04 10:39:08
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(Da Redação) A catedral de São João Bosco permanece interditada, mas a Diocese de Ji-Paraná não tevea autorização para demolir o prédio. Para o 'Movimento Preserva Jipa?, a construção faz parte do patrimônio cultural da cidade e deve ser preservada. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o prédio só poderá ser demolido após a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A igreja foi interditada pelo Corpo de Bombeiros no dia 22 de janeiro, mas o processo começou em maio de 2013, quando a Igreja Católica anunciou o projeto de uma nova catedral maior e a demolição do templo religioso.

O 'Movimento Preserva Jipa' foi contra a demolição da igreja, entendendo que fazia parte da história da cidade e entrou com ação civil junto ao MPF. Um dos representantes do movimento, João Gilberto Ribeiro, explicou que a igreja é um símbolo que representa a memória dos fundadores e que a discussão sobre a questão histórica da cidade precisa ser realizada.

"A catedral é o centro do crescimento de Vila de Rondônia. Somos favoráveis à manutenção da igreja e gostaríamos que estudos fossem feitos para demonstrar a relevância histórica daquela catedral", afirmou Ribeiro.

Vários laudos periciais já foram realizados, entre eles, um laudo antropológico que considerou a catedral como um patrimônio cultural e também como valor nacional pelo processo de colonização da cidade, além do arquitetônico apresentando o aspecto estrutural da catedral.

O procurador federal, Henrique FelberHeck, disse que nenhum laudo revela problemas na estrutura da catedral que ofereça riscos de desabamento.

Em dezembro de 2015, o MPF reuniu os representantes da Diocese de Ji-Paraná e do 'Movimento Preserva Jipa? para apresentar os pontos de vista de cada um. Depois desta reunião, um novo laudo foi realizado em janeiro deste ano a pedido da própria Diocese e o templo foi interditado pelo Corpo de Bombeiros.

Mas, mesmo com a novidade no caso, segundo o promotor, não foi confirmado que a catedral estaria em ruínas.

"O último laudo apontou que o telhado da igreja e toda parte elétrica precisam ser trocados e oferecem risco aos frequentadores do local, mas a parte estrutural do prédio não apresenta riscos de desmoronamento", explicou o procurador.
O promotor informou ainda que os laudos apresentam que não há armamento na estrutura do local, mas isto não influencia nas condições do prédio, apenas dificultaria uma reforma. "Mas em uma perícia anterior, de um antropólogo do MP, diz que é possível alterar este tipo de estrutura", declarou.

Segundo o pároco, José Celestino, a Diocese de Ji-Paraná acredita que precisa de um espaço mais amplo para acomodar os fieis e aguarda uma resposta do Iphan para ser ou não autorizada a demolição do prédio. "A intenção da igreja não é levar o assunto para as vias judiciais. A igreja tem um procedimento junto ao Iphan e já está sendo analisado e com a autorização, a construção do novo templo será iniciada", finalizou.

Com informações do G1/RO.

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