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Investigação
PC esclarece desaparecimento de aposentado

Data da notícia: 2016-03-04 18:37:04
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Depois de três meses de intensas investigações, na última quinta-feira (4), Policiais do Sevic da 2ª Delegacia de Polícia, em Ji-Paraná, sob o comando da Delegada Fabiana Braguin, elucidaram o misterioso desaparecimento de um agricultor aposentado e acabaram descobrindo que o próprio sobrinho matou o tio para poder vender os bens dele e ficar com todo o dinheiro.
Desde dezembro de 2015, familiares do agricultor J.S.C., de 65 anos, que residia em uma chácara no bairro ?Capelasso?, iniciaram uma procura incessante e no decorrer das buscas acabaram desconfiando do sobrinho que morava com a vítima havia quase um ano, identificado pela polícia como J.A.R.

PLANO MACABRO
Durante as investigações, os policiais constataram que há cerca de umano, J.A.R. se aproximou do tio e fez com que ele brigasse com todos os membros da família, deixando ele isolado de amigos e parentes. Em seguida, continuou com seu plano macabro e, aproveitando que seu tio estava incapaz devido a um acidente que sofreu em 2012, o convenceu a assinar uma procuração lhe dando plenos poderes.
Já com a vítima isolada, J.A.R. teria assassinado o tio e escondido o corpo no mês de dezembro de 2015. Depois do crime, o acusado vendeu a chácara pelo valor de R$ 180 mil reais, pegando uma casa no valor de R$ 115 mil reais, um carro e o restante em dinheiro.
Dias depois, J.A.R. vendeu a casa para o antigo proprietário por um valor bem mais baixo que comprou.
Mesmo ausentes, os familiares ficaram sabendo da transação e começaram a desconfiar de J.A.R., pois a vítima sempre falava que nunca iria vender aquela propriedade. Então, eles foram até a casa de J.A.R. e perguntaram sobre o aposentado.
Encurralado, J.A.R. contou aos parentes que seu tio estava muito desgostoso com todos da família e resolveu ir embora para o Acre, ordenando que ele vendesse a chácara para poder comprar uma casa naquele lugar.




A PRISÃO
Diante de informações desencontradas, a delegada solicitou à prisão preventiva do sobrinho da vítima.
Com o apoio do delegado Cristiano Mattos, o suspeito foi conduzido à delegacia e durante um novo depoimento acabou confessando parte do crime, porém inventou uma história que não convenceu os policiais e imputou a morte ao filho da vítima, que está desaparecido há sete anos.
No depoimento, J.A.R. falou que seu primo elaborou todo o plano e o forçou a cometer o crime. Segundo ele, a vítima foi espancada e depois levada de carro até a Linha 208, cerca de 20 km do município de Cacoal. Lá, eles acabaram de matar o aposentado e deixaram o corpo escondido no mato.
Ainda de acordo com as declarações de J.A.R., ele não contou o caso à polícia porque estava sendo ameaçado de morte.
Os policiais foram até o local onde o corpo foi deixado e descobriram que o cadáver foi encontrado no dia 22 de dezembro. Na época, o corpo estava sem identificação e acabou sendo enterrado como indigente, no município de Rolim de Moura.
Em seguida, os policiais realizaram diligências para encontrar o suposto enteado e descobriram que ele está desaparecido há sete anos. A polícia não descarta a participação mais pessoas e trabalha com a possibilidade do tal enteado também ter sido vítima de homicídio. J.A.R. deverá permanecer preso à disposição da justiça.

Fonte: Comando190

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