Para Lula, país tem que atacar mortalidade infantil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convocou os novos prefeitos brasileiros a fazer um ?ataque? à mortalidade infantil no país, em especial, nas regiões Norte e Nordeste, que possuem os maiores índices nacionais. A convocação foi realizada nesta terça-feira (10), durante Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, que acontece nesta semana em Brasília.
?Precisamos fazer um ataque à mortalidade infantil. O cuidado deve ser feito desde o momento do conhecimento da gestação até o dia do nascimento. Depois, temos que cuidar como um filho?, disse o presidente em seu discurso.
Segundo Lula, a proposta do governo federal é realizar uma ação nacional, que reúna a União, estados e municípios. Além da mortalidade infantil, também foram debatidos outros três temas prioritários: crédito para agricultura familiar, registro civil e combate ao analfabetismo.
MORTALIDADE - O Ministério da Saúde fez uma relação de 206 municípios que registraram 50% da mortalidade infantil no Norte e Nordeste, desde 2000. A lista será a base de discussão para o próximo encontro da pasta com gestores da região, no início de março. A mortalidade infantil do Norte é de 21,7 óbitos por mil nascidos vivos, a do Nordeste, de 27,2, a do Centro-oeste, de 16,9, a do Sudeste, de 13,8, e a do Sul, de 12,9.
Em sua palestra para os prefeitos, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o principal desafio para essa tarefa é evitar as mortes logo nos primeiros 30 dias de vida do bebê. ?Para o Brasil, a nossa meta é chegar abaixo dos 14 óbitos por mil nascidos vivos. Para o Norte e Nordeste, queremos uma redução de 5% ao ano.?
DENGUE ? O ministro reafirmou a necessidade de os prefeitos promoverem uma grande mobilização contra a dengue. ?Fico satisfeito em ver que muitos municípios estão realizando mutirões de limpeza e de ações que contem com a ajuda população. Embora ainda seja precoce confirmar isso, mas há uma tendência de queda no número de casos?, disse. Segundo ele, cidades do Espírito Santo, Bahia, Acre e Minas Gerais estão recebendo especial atenção para conter o surgimento de surtos da doença e atender corretamente a população.
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