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ASSISTÊNCIA MÉDICA
Marinha do Brasil pode participar da gestão do barco-hospital

Data da notícia: 2016-06-24 10:02:56
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(Da Redação) A Marinha do Brasil poderá colaborar com orientações técnicas para a operação e gestão do barco-hospital de Rondônia, entregue ao governo pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela usina de Jirau, em cumprimento à compensação social, para atender a população ribeirinha nas margens dos rios Mamoré e Guaporé. A previsão do governo de Rondônia é iniciar a operação do atendimento de saúde básica no segundo semestre de 2016.

Na última terça-feira (21), o governador Confúcio Moura (PMDB) esteve em Brasília e solicitou ao ministro da Defesa, Raul Jungman, apoio ao barco-hospital.

A possibilidade de colaboração foi debatida na tarde dessa quarta-feira (22), pelo vice-governador Daniel Pereira (PSB); o secretário estadual de Saúde, Luiz Maiorquim; o coronel Silvio Gualberto (Casa Militar), general Costa Neves (17ª Brigada), delegado fluvial da Marinha em Rondônia, Carlos Felix; e o vice-almirante Luís Antônio Rodrigues Necht (comandante do 9º Distrito naval, sediado em Manaus).

O barco-hospital está ancorado no rio Mamoré, em Guajará-Mirim. O almirante Luís Necht afirmou que desde a década de 70 a Marinha do Brasil desenvolve ações de atendimento à população mais carente da Amazônia, e uma das atividades mais consistentes e importantes é desempenhada por equipes de médicos e profissionais militares da saúde que promovem o atendimento à população do Acre no Navio de Assistência Hospitalar Doutor Montenegro, há 16 anos.

?De antemão, posso oferecer uma reunião com o comando que cuida das questões de logística para que possa prestar alguma orientação de como poderiam conduzir a operação desse trabalho, que requer guarnecimento (abastecimento) e outras medidas relacionadas a sua manutenção e deslocamento?, assinalou o vice-almirante Luís Necht.

O secretário Maiorquim calcula em 4 a 5 mil a capacidade de atendimento médico e odontológico, para um período de 15 dias de assistência, no barco-hospital avaliado em R$ 4 milhões, e equipado com aparelhos médicos. Já a preocupação do chefe da Casa Militar, coronel Silvio Gualberto é com a segurança e manutenção. ?Nossa preocupação maior é onde ficará atracado o barco; são equipamentos caríssimos?, avaliou o coronel.

A documentação exigida pela Marinha para entrada em operação do barco-hospital foi providenciada pela Casa Militar, responsável pela embarcação. Os aparelhos e equipamentos foram entregues no início do mês e, conforme divulgado pela ESBR, serão equipados três consultórios, salas de enfermagem, triagem, nebulização, procedimentos e curativos, além da sala de coleta, laboratório, farmácia, cozinha e lavanderia. O tombamento do patrimônio de todo o material está sendo realizado.

O vice-governador ressaltou a importância do atendimento médico às populações ribeirinhas, que passam por dificuldade extrema para ter atendimento convencional de saúde. Segundo ele, o barco-hospital poderá estender o atendimento aos ribeirinhos bolivianos.
A Secretaria de Estado da Saúde definiu a equipe que irá compor o atendimento, formada pelo tripé clínico médico, pediatra e ginecologista, com presença pontual de cardiologista, havendo a possibilidade de agregar em um segundo momento assistente social e fisioterapeuta às atividades do barco-hospital.

Para o secretário Maiorquim, a parceria com as Forças Armadas é fundamental para iniciar a operação do barco-hospital. Também está sendo providenciado o registro da unidade fluvial de saúde no Ministério da Saúde para que ela receba algum recurso destinado à sua manutenção.

O general Costa Neves, da 17ª Brigada, garantiu que o Exército tem todo interesse de ajustar uma forma de trabalhar para que o barco-hospital inicie as atividades o mais rápido possível.

Com informações de Mara Paraguassu ? Assessoria.

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