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MEIO AMBIENTE
Unir corta árvores e acadêmicos protestam

Data da notícia: 2016-07-29 09:54:58
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(Da Redação) A derrubada de árvores no bosque da Universidade Federal de Rondônia (Unir) está gerando revolta entre alunos do curso de engenharia ambiental, em Ji-Paraná. Segundo a instituição, as árvores estão sendo retiradas para dar espaço a um estacionamento.
A direção do campus afirmou que o projeto foi autorizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semeia) e ressaltou que o corte visa a segurança dos estudantes. Para os alunos, várias araras e maritacas que ficavam no local serão prejudicadas com a retirada das árvores.
Por causa do corte, os alunos da instituição reivindicam uma readequação do projeto para que as plantas e a área de convivência do bosque sejam mantidas. A coordenação do curso de engenharia ambiental da Unir assegurou que as árvores manteriam a qualidade do ambiente da universidade.
?Nós apoiamos essa expansão, porém identificamos algumas situações que poderiam ser contornadas. Essa característica de preocupação com o ambiente se dá principalmente na formação dos nossos acadêmicos. Eles são preparados para ver esses problemas de maneira integrada. Eles olham os problemas e procuram trazer soluções, mas isso não acontece quando nós recebemos um projeto que vem engessado", disse o professor Jeferson Alberto de Lime, coordenador do curso engenharia ambiental.
Após a derrubada, estudantes realizaram um abaixo-assinado e encaminharam ao Ministério Público de Rondônia (MP). Eles garantem que as árvores servem como fonte de abrigo e alimento para pássaros. Segundo eles, não houve discussão entre a direção e a comunidade acadêmica.
"Queríamos ter uma explicação melhor sobre o projeto. A resposta que tivemos foi que o projeto estava disponível para acesso, mas eles não abriram espaço para diálogo com os alunos. Nós pedimos a eles para que não houvesse o corte antes que a direção conversasse com a gente, mas isso não foi feito", contou o estudante Gabriel Araújo.
A direção da universidade contraria a versão dos estudantes, afirmando estar aberta ao diálogo. De acordo com a instituição, o projeto de corte foi autorizado pela Semeia e que outras árvores causavam riscos aos alunos. Diante disso, a remoção é necessária para expansão do campus.
"Não é vontade da Unir remover essas plantas, mas nem toda árvore é adequada para plantio em área urbana. Esses cortes foram autorizados pela secretaria [Meio Ambiente] e estão sendo realizados em árvores próximas às salas de aulas. Já tivemos um caso de uma árvore que danificou uma sala de aula. Se acontecer algum acidente dentro do campus, a administração poderá responder civil e criminalmente por isso, então o que fazemos é entregar um ambiente seguro para os estudantes", admitiu Wilian Silva Sales, coordenador de serviços gerais da Unir.
De acordo com a direção, as plantas são de espécies desconhecidas e não são naturais da flora nativa. A instituição informou que nos últimos anos, 33 árvores foram plantadas no campus da universidade e outras serão repostas para substituir o corte que está sendo realizado.
"Serão removidas nove árvores, sendo seis de espécie exóticas e algumas que estão próximas à rede elétrica e podem causar acidentes, para cada planta que for removida nós iremos replantar espécies adequadas para plantio urbano. A legislação prevê um número de vagas de estacionamento de acordo com a quantidade de área coberta, estamos adequando o campus às normas e o projeto conta com uma área de convivência para os alunos", explicou Sales. Com informações do Portal G1/RO- Marco Bernardi.

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