Impunidade
LCP deixa fazenda totalmente destruída em Seringueiras
Nas primeiras horas da última sexta-feira (26), o grupo de invasores da LCP, que tomou a Fazenda Bom Futuro à força, no mês passado, em Seringueiras, saiu da propriedade pacificamente, mas deixou um rastro de destruição e vandalismo. O dono da fazenda estima que o prejuízo, causado pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), tenha ultrapassado R$ 4 milhões.
Os invasores foram levados por veículos oficiais do Incra e dois ônibus para um assentamento a aproximadamente 10 km do município de Seringueiras. Antes de sair, os acampados destruíram completamente a sede da fazenda, currais e danificaram dois tratores e duas motocicletas.
Uma pá carregadeira da fazenda e escondida a 14 km de distância, sendo localizada mais tarde pela PM. Um caminhão boiadeiro lotado com gado foi visto saindo da fazenda junto com o comboio, que foi escoltado por uma caminhonete do Incra, que transportava uma motocicleta com a placa de identificação tampada com um pano.
Cumprindo a ordem judicial, expedida pelo juiz agrário de Porto Velho, Jorge Leal, a Polícia Militar não interviu na saída do grupo e nenhum veículo pôde ser abordado ou revistado. Testemunhas afirmaram que toda a mobília da sede da fazenda foi roubada e transportada dentro de um caminhão baú do Incra. Como a ordem judicial era bem clara, ninguém foi qualificado e todos os crimes cometidos na fazenda durante os dias de invasão foram abolidos.
A primeira ordem judicial, determinava a desocupação imediata da fazenda e os invasores teriam que respeitar uma distância mínima de 300 km da área. Depois, a distância diminuiu para 100 km e por último, 20 km. No termo acordado, a LCP exigiu que a Polícia Militar mantivesse certa distância do comboio e que todos os crimes cometidos durante estes 40 dias fossem abolidos.
Para o Incra, a retirada pacífica dos invasores foi um sucesso, porém não quiseram falar sobre os acordos e dos crimes que foram praticados pelo grupo durante a invasão.
Rastro de destruição
Depois da desocupação ?amigável?, a Polícia entrou no acampamento vazio e constatou um verdadeiro rastro de destruição. Casas foram colocadas abaixo, currais queimados, poços de água sabotados e veículos danificados. Também foram localizadas várias carcaças de bois que foram abatidos durante a ocupação e deixados apodrecendo no meio do pasto.
Na entrada da sede, onde o grupo da LCP recebeu a polícia à bala, foram encontradas trincheiras e barricadas feitas com troncos de árvores e sacos de sal mineral. Até uma pequena torre foi construída para observar a aproximação de pessoas. Também foram achadas pequenas peças metálicas que poderiam servir como escudo, caso houvesse um confronto.
Fonte: Comando190...