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GREVE
Bancários de Rondônia continuam com paralisação

Data da notícia: 2016-09-30 17:59:57
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(Da Redação) Coação de gerência regional, tentativas de arrancar cartazes, ameaças de descomissionamento e de demissões e até mesmo uma manobra da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RO), que tenta pressionar os grevistas a atenderem advogados, além de boataria nas redes sociais e em grupos de WhatsApp.

Nada disso está sendo capaz de intimidar os trabalhadores que, ontem (30) chegaram ao 25º dia de braços cruzados em Rondônia, confirmando 115 das 130 agências existentes em Rondônia, fechadas.

Fortalecer a greve: essa é a prioridade dos grevistas após os dois dias (27 e 28) que se seguiram na negociação em que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a desrespeitar a categoria com a oferta de um acordo que teria validade de dois anos, mas que já neste ano, segundo os bancários, representaria uma gigantesca perda.

A insistente proposta de reajuste de 7% nos salários, vales e auxílios, aliada a um abono que aumentou de R$ 3.300,00 para R$ 3.500,00, confirma que existe uma política dos bancos em rebaixar os salários e trazer perdas para o agora e para o futuro dos bancários.

De acordo com os líderes do momento, banqueiros sequer discutem, nas mesas de negociação, outros pontos importantes da pauta de reivindicações dos trabalhadores, que são garantia e proteção ao emprego, mais contratações, saúde, condições de trabalho, fim do assédio moral e das metas abusivas e igualdade de oportunidades.

O Comando Nacional (integrado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos) rejeitou a proposta na própria mesa de negociação.

"Os bancos perderam uma grande chance de acabar com essa longa greve que já se arrasta por mais de 20 dias e só causa transtornos para a população. Era uma oportunidade deles, enfim, garantirem índices justos aos trabalhadores, mas novamente ficou comprovado que o que querem é apenas lucrar mais e mais, e desvalorizar aqueles que são os responsáveis por estes lucros, os seus funcionários. Portanto, não há outra alternativa a não ser fortalecer ainda mais a greve, para mostrar a esses banqueiros que com a união, com a força do trabalhador, não se joga, não se brinca", avaliou Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Na próxima segunda-feira (3), o sindicato realiza assembleia com os trabalhadores para definir os rumos da greve no estado. Até lá, a greve continua por tempo indeterminado.

Com informações da Assessoria.

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