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Donald Trump vence eleições presidenciais dos Estados Unidos

Data da notícia: 2016-11-09 10:02:45
Foto: Divulgação
Em seu discurso, Trump reafirmou que pedirá união a todos os democratas e republicanos

O candidato do Partido Republicano, Donald Trump, venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos, de acordo com os resultados provisórios divulgados hoje (9). A candidata democrata Hillary Clinton já ligou para Trump e deu os parabéns pela vitória. A informação foi confirmada por ele, em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito.

Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos cinco filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa de procedência escocesa. Casou-se em 2005 com Melania Trump. Antes disso, ele foi casado e se divorciou de Maria Trump e Ivana Trump. Com Melania, tem um filho chamado Barron. Com Maria, a filha Tiffany, com quem se reconciliou recentemente, depois de um relacionamento conturbado. Com Ivana, ele tem três filhos, Eric, Ivanka e Donald, que ocupam funções de comando em suas empresas.

Bilionário

Fred Trump morreu aos 93 anos, em 1999, deixando para Donald uma fortuna de US$ 250 milhões. Porém, os biógrafos consideram que Donald Trump já era milionário 20 anos antes, quando iniciou a compra de vários edifícios em Nova York. Essa foi uma fase ascendente da vida do empresário porque ele comprou, em 1983, um antigo prédio que depois se transformou no Trump Tower, e também o Trump Plaza, e vários cassinos em Atlantic City, no estado de Nova Jersey.

DISCURSO CONCILIADOR

Em seu primeiro discurso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom conciliatório, dirigido a integrantes do Partido Republicano em um salão de baile de Nova York, onde ele passou a noite acompanhando o resultado das eleições. Durante o tempo em que se dirigiu aos integrantes do partido, foi interrompido várias vezes com os aplausos do público.

Ele reservou também algumas palavras para elogiar a conduta de Hillary Clinton ao longo da campanha. Trump disse que sua adversária do Partido Democrata prestou muitos serviços ao país durante o período em que foi secretária de Estado, de 2009 a 2013, e também como senadora. Declarou ainda que os Estados Unidos têm uma "dívida de gratidão" com Hillary Clinton.

Dirigindo-se a todos os americanos, Donald Trump afirmou que o momento atual é de união. "É hora de curarmos as feridas da divisão", disse.

Em seu discurso, reafirmou que pedirá união a todos os democratas e republicanos e que trabalhará pelos americanos "esquecidos". "Os homens e mulheres esquecidos não serão mais esquecidos", disse.

Ele disse que irá reconstruir a infraestrutura do país. Numa referência à criação de empregos, Trump disse: "Vamos colocar milhões para trabalhar enquanto reconstruímos [a infraestrutura]", disse. Segundo ele, os Estados Unidos vão "dobrar o crescimento e ter a economia mais forte do mundo".

Sobre a relação com outros países, Donald Trump disse que os Estados Unidos vão se relacionar com os países que estiverem dispostos a manter a reciprocidade.

Trump classificou sua campanha como "um incrível e maravilhoso movimento, feito de milhões de homens e mulheres que amam seu país e querem um futuro melhor". Ele agradeceu a seus pais, irmãos, mulher e seus cinco filhos. Também agradeceu ao ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani; ao republicano Ben Carson, que abandonou a campanha presidencial; e ainda ao serviço secreto dos EUA e às forças de segurança de Nova York.

BOLSAS CAEM NA EUROPA

A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos está tendo forte impacto nos mercados de todo o mundo nesta quarta-feira (9). A Bolsa de Valores de Milão abriu em forte baixa de 3,47%, batendo apenas 16.230 pontos, com uma grande queda nas ações de bancos, como o MPS, que caiu 11,4%.

O mesmo acontece nos mercados de Paris, com queda de 2,8%, Londres, com queda de 1,6%, e Frankfurt, com baixa de 2,9%, na abertura dos negócios. A maior baixa é sentida em Madri, com a bolsa despencando 3,82%. Segundo analistas, a previsão é que o mercado se mantenha no vermelho durante todo o dia.

Mesmo fechando antes do resultado eleitoral, mas com base nas projeções que já apontavam Trump como eleito para a Casa Branca, os mercados da Ásia também fecharam em forte queda.

O índice Nikkei, no Japão, fechou no vermelho em 5,36%, sendo o pior número desde que os britânicos optaram por deixar a União Europeia, no dia 24 de junho. Já na China, a Bolsa de Xangai fechou em -0,7%, de Hong Kong em -2,3% e em Sidney -2,4%.

Fonte: Agência Brasil






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