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PRODUÇÃO
Agricultores familiares investem no cultivo de inhame em Rondônia

Data da notícia: 2016-12-13 10:49:48
Foto: Assessoria/Emater/Divulgação
A produção de inhame no estado cresce a cada ano, seguindo as orientações de extensionistas da Emater

(Da Redação) A possibilidade de cultivo em pequenas áreas, a alta produtividade, a facilidade de comercialização do produto e o preço de mercado estão atraindo cada vez mais a atenção de agricultores familiares de Rondônia para a produção de inhame.

Com a produção concentrada nos municípios da BR-429, no Vale do Guaporé e Machadinho do Oeste, na região do Vale do Jamari, a cultura vem ganhando mercado fora do estado e tem grandes perspectivas de exportação para outros países.

Mesmo sem se ter certeza da verdadeira origem do inhame, seus primeiros cultivos foram conhecidos em países africanos, de onde foi rapidamente expandido para a América Latina, Ásia e Oceania devido à sua fácil adaptação em regiões tropicais e subtropicais.

No Brasil, o maior destaque para a produção está no Nordeste, mais especificamente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Bahia.

Em Rondônia, a cultura foi implantada inicialmente no município de São Francisco do Guaporé, sendo difundida posteriormente por incentivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) para Seringueiras, São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste, e hoje já desperta a atenção de produtores das demais regiões do estado.

Segundo extensionistas da Emater, que atuam na região do Vale do Guaporé, as variedades que mais se adaptaram naquela localidade foram o Inhame da Costa (Dioscorea cayennensis Lam.), cuja produtividade varia entre 18 a 20 toneladas por hectare; e São Tomé (Dioscorea alata L.), com produtividade entre 20 a 25 ton/ha.

Renda Garantida
Os resultados alcançados em Rondônia, em especial na região da BR-429, vêm tornando o cultivo do inhame um negócio promissor, principalmente para pequenos agricultores cuja mão de obra se limita à família.

O produtor rural José Branco disse que o inhame foi a cultura que mais lhe proporcionou a aquisição de bens patrimoniais. ?Tenho uma terra comprada com a produção do inhame, tenho alguma criação de gado e tenho um trator que paguei as prestações com o dinheiro do inhame?.

Antônio Bezerra contou que há oito anos, quando começou a plantar inhame em sua propriedade, tinha apenas três alqueires de terra. ?Hoje, tenho 9,5 alqueires, e cada ano que vou produzindo inhame, eu tenho condições de comprar mais um alqueire, dois alqueires?, pontuou, completando que o inhame tem sido a redenção para ele e sua família.

Por meio da Emater, o governo de Rondônia vem incentivando a disseminação do cultivo do inhame. Já foram realizadas diversas ações, como Festa do Inhame, Dia de Campo, Dia Especial e reuniões, com o intuito de levar orientações a outros produtores visando à diversificação de cultivo e o fortalecimento da agricultura rondoniense frente ao mercado globalizado.

Exportação
A produção de inhame na região do Vale do Guaporé vem crescendo a cada ano. Hoje, já são 43 produtores organizados produzindo inhame em escala comercial na linha da BR-429. ?Com a assistência técnica oferecida pelos extensionistas da Emater, os produtores têm melhorado as técnicas de produção, e isso tem contribuído para agregar valor e obter melhores preços com a venda dos produtos?, citou Brandão.

Considerado um dos alimentos medicinais mais eficientes, pois além de livrar o sangue de impurezas, seu consumo fortalece o sistema imunológico, pois é riquíssimo em zinco, que aumenta as defesas do organismo. Outra vantagem está no cultivo que dispensa o uso de qualquer tipo de agrotóxico, tornando-o totalmente orgânico, saudável e ecologicamente correto.

Essas vantagens, somadas a muitos outros benefícios, fazem do inhame um produto muito procurado para consumo de quem quer levar uma vida mais saudável. Não somente em Rondônia, mas também fora do País. Hoje, a produção de inhame do Vale do Guaporé vem sendo absorvida por municípios, como Ji-Paraná e Cacoal, mas sua comercialização tem atravessado as divisas do estado, chegando à Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.

A expectativa para exportação também vem crescendo com o interesse de países, como Paquistão, Holanda e Estados Unidos, que já buscam o produto rondoniense para o consumo de sua população. Com a perspectiva de mercado aberto e a crescente demanda para consumo do inhame, os agricultores estão investindo cada vez mais na cultura.

Fonte: Wania Ressutti ? Assessoria






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