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PF realiza operação na Camargo Corrêa
A Polícia Federal realizou na manhã de ontem, quarta-feira (25), uma operação de combate a crimes financeiros, entre eles evasão de divisas, lavagem de dinheiro e fraude em licitações em São Paulo e no Rio de Janeiro. A operação recebeu o nome de Castelo de Areia. Segundo a assessoria de imprensa da PF, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nos dois estados ? entre eles, contra quatro diretores e duas secretárias de alto escalão da construtora Camargo Corrêa. Por meio de nota, a Camargo Côrrea afirmou que cumpre "rigorosamente com todas as suas obrigações legais", que gera mais de 60 mil empregos no país e em outros 20 onde atua. A empresa disse que ainda não teve acesso ao teor do processo que autoriza a ação. "O grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas?.Ainda segundo a nota, em 2008, o grupo faturou cerca de R$ 16 bilhões. A Polícia Federal identificou movimentações financeiras nacionais e internacionais com dinheiro de origem ilícita ou não. Eram criadas empresas de fachada para o esquema. Os suspeitos detidos poderão responder por fraudes em licitações que teriam ocorrido em vários municípios, evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha ? crimes que podem levar a até 27 anos de prisão. Clientes dos investigados foram também identificados. Eles podem responder por crime de evasão, cuja pena pode chegar a seis anos de prisão. PARTIDOS - A operação deflagrada pela PF na empreiteira Camargo Corrêa vai respingar em alguns dos principais partidos políticos do país. De acordo com fonte que participou das investigações, a operação revela contribuições para partidos políticos "por dentro e por fora" com a participação de "uma pessoa muito influente em São Paulo". Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo --sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro. ...


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