PF faz megaoperação contra pedofilia
A Polícia Federal iniciou ontem (18), a Operação Turko para combater o crime de Pornografia Infantil na Internet. Cerca de 400 policiais cumprem 92 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal.
A investigação, coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF é resultado de informações repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal, em parceria com a ONG Safernet e com o Ministério Público Federal de São Paulo.
Foi apurado que os investigados usavam comunidades em um site de relacionamentos para troca de material de pornografia infantil. Ao longo de um ano de investigação, que contou com a colaboração da empresa proprietária do site, foram filtradas cerca de 3.500 denúncias que acabaram levando até os alvos da ação de hoje.
Nas buscas os policiais irão acessar os computadores dos suspeitos para confirmar a existência de imagens de pornografia infantil. Caso o material seja encontrado, os responsáveis serão presos em flagrante. Esta é a primeira grande operação após a publicação da lei 11.829, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente e tornou crime a posse de material pornográfico infantil.
A operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída pela Lei Federal nº 9970/00 e lembra um crime bárbaro que chocou todo o país e ficou conhecido como o ?Crime Araceli?, ocorrido em 1973, em Vitória.
RONDÔNIA - Em Rondônia, a Delegacia de Polícia Federal em Ji-Paraná, realizou o cumprimento de mandado de busca e apreensão referente a Operação Turko para combater o crime de Pornografia Infantil na Internet. Em Ji-Paraná, Peritos Criminais Federais vasculharam computadores de um provedor de Internet via rádio, endereço da conexão fornecido pela Brasil Telecom. Tendo em vista que a disponibilização das imagens pelo orkut poderia ter sido realizada por qualquer um dos usuários do provedor, não foi possível a imediata identificação do infrator. Os peritos tiveram acesso a outros dados fornecidos pelo proprietário da empresa para a realização de uma pesquisa minuciosa na tentativa de identificar o usuário que disponibilizou imagens na rede mundial de computadores contendo cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
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