Criminosos de OPO são presos pela PF
(Da Redação) A Polícia Federal (PF), através da Delegacia de Ji-Paraná, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, na manhã da última quinta-feira (28), no município de Ouro Preto do Oeste, em cumprimento à Operação Trilha, deflagrada pela PF para desarticular uma quadrilha especializada na clonagem de cheques e cartões de crédito e desvio de dinheiro de contas bancárias por meio da internet.
Ouro Preto do Oeste foi a única cidade com pessoas envolvidas no esquema no estado de Rondônia. Os presos, que não tiveram seus nomes divulgados, são jovens pertencentes a classe média e desfilavam com carros e motos de alto valor comercial.
Segundo o delegado que comandou a operação, Marcelo Bessa, os mandados foram cumpridos logo nas primeiras horas da manhã e foram apreendidos HDs, notebook, pen drive, CD's, DVD's e alguns documentos. No entanto, Bessa disse que não poderia dar mais detalhes das investigações, pois elas estão concentradas em Brasília, local onde os presos de Ouro Preto foram recambiados ontem (29) em avião da Polícia Federal.
Em entrevista, o superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, delegado Disney Rosseti, informou que foram presas 139 pessoas na ?Operação Trilha?, e que todos envolvidos tem idade entre 23 a 30 anos são filhos de pessoas importantes nas cidades onde atuavam.
A quadrilha se utilizava da internet para praticar os atos ilícitos, e neste esquema foram identificados cerca de 1.500 pessoas que emprestaram seus documentos para tal crime. Todas estas pessoas vão responder judicialmente pelos atos ilícitos praticados.
MÉTODOS - De acordo com a PF, as investigações sobre a quadrilha começaram há cerca de um ano e revelaram que o bando utilizava programas disseminados por meio de mensagens eletrônicas falsas, para capturar senhas bancárias de clientes de diversas instituições financeiras. Em outro tipo de ação, a quadrilha instalava câmeras em terminais bancários de autoatendimento, com o objetivo de registrar a senha dos correntistas, ao mesmo tempo em que outro dispositivo clonava os dados do cartão utilizado.
Após a cópia dos dados, os criminosos realizavam transferências para contas de laranjas, além de fazer compras pela internet e pagamentos de boletos bancários com os dados roubados. Segundo a PF, os presos nesta operação serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado mediante fraude, tentativa de furto e estelionato....