Presos acusados de homicídio cometido há 20 anos
(Da Redação) A recém criada equipe do GIC (Grupo de Investigação e Captura), formada por policiais civis e militares que atua na região central do Estado, conseguiu desvendar um homicídio ocorrido na zona rural de Urupá (Lh A-15), em julho de 1994, no qual foi vítima o agricultor Ataíde Gomes de Oliveira, o ?Mineirinho?, 49 anos. Mineirinho foi morto covardemente há 16 anos pelos irmãos José Henrique de Oliveira, hoje com 36 anos, e Joaquim Mariano de Oliveira, 40.
O terceiro acusado de participação no crime é o assentado rural Giovane Dias da Silva, o ?Canela?, 36 anos, que cumpria pena em Alvorada do Oeste no regime semi-aberto por ter esfaqueado um policial aposentado, além de ter sido inquilino da Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste por um bom tempo pela prática de roubo e furto. José Henrique foi preso pelos agentes do GIC na região de Machadinho do Oeste, na extinta mineração Oriente Novo e seu irmão foi preso na área rural de Urupá.
Após a investigação da equipe do GIC, comandada pelo delegado Jeremias Mendes de Souza, foi requisitada a prisão do trio ao juiz de Direito da Comarca de Alvorada do Oeste, Flávio Henrique de Melo. Conforme depoimento dos três acusados, prestado na Delegacia Civil de Ouro Preto, cada um deu um tiro de espingarda na vítima. O motivo teria sido para que o lote da vítima ficasse com uma quarta pessoa, vulgo ?Paraguai?. A vítima era casada, e tinha três filhos. ?Não vou deixar a corda arrebentar só pra mim, porque a carga ficou pesada?, disse Giovane na delegacia, antes de ser colocado de frente com os comparsas do assassinato.
NEGOCIAÇÃO - Os policiais apuraram que, na época do crime, José Henrique de Oliveira foi iludido com a possibilidade de que sua companheira estava sendo incomodada pela vítima. Entretanto, por detrás dessa intenção, havia uma negociação sórdida, em que após Mineirinho ser assassinado, seu lote ficaria com um outro sujeito, o qual os matadores identificaram por Paraguai.
Após os procedimentos legais o trio foi recolhido para a Casa de Detenção local onde ficará à disposição da Justiça, e caso sejam condenados no Júri Popular, poderá pegar uma pena superior a 20 anos, já que todos os acusados tem antecedentes criminais e, no caso de Canela, é considerado de alta periculosidade devido seu histórico de ficha policial....