Presídio de Alvorada do Oeste proibido de receber novos presos
Desde a última quarta-feira (24), a direção do Presídio Central de Alvorada D?Oeste está proibida de receber novos presos de Justiça. A determinação foi feita através de uma portaria assinada pelo Juiz de Direito, Flávio Henrique, depois de constatada a superlotação. Nas únicas quatro celas onde deveriam abrigar apenas 20 pessoas estão atualmente 60 presos. Para piorar a situação, na última sexta-feira (26) a vigilância estadual lacrou as portas de uma residência onde funcionava a cozinha, local em que era feita a alimentação dos detentos. A Gerência de Sistema Penitenciária (Gespen) informou que as devidas providências já estão sendo tomadas.
De acordo com o juiz Flávio Henrique, desde a sua chegada na comarca da cidade, no ano passado, as reclamações sobre a falta de espaço para abrigar novos detentos no Presídio Central aumentaram, mesmo após o governo estadual condenado e multado em mais de R$ 3 milhões em conseqüência das péssimas condições em vários presídios. Em Alvorada, a Prefeitura doou um terreno para a construção de um novo presídio e mesmo assim, nenhum tijolo foi assentado.
Percebendo o desinteresse da Secretaria de Interior e Justiça (Seijus), o magistrado decidiu limitar o número de presos no Presídio Central. Desde o dia 24 só entra um novo detento se algum antigo for colocado em liberdade. O juiz também determinou que a Seijus não retirasse o único veículo L-200, que é utilizado para os serviços burocráticos da direção, como por exemplo, escolta de presos.
?Não podemos admitir que as autoridades continuem sendo inoperantes quanto aos inúmeros problemas carcerários existentes nos quatro cantos do Estado, e aqui em Alvorada, não é diferente. A situação é mais que preocupante?, afirmou Flávio Henrique.
SOLUÇÕES - O major PM Nelson Bezerra, informou que uma das soluções encontradas provisoriamente para o Presídio Central de Alvorada D?Oeste seria a transferência de alguns presos as penitenciárias de municípios como Ji-Paraná, Rolim de Moura e Cacoal. Os presos ficarão nessas cidades durante o período da construção de novas celas. Ele também afirmou que estaria apresentando ao magistrado o projeto da nova Unidade Prisional da cidade, que terá capacidade para abrigar 112 presos, além da transferência imediata de 50 presos, considerados perigosos, para o presídio federal.
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