Polícia Civil desvenda morte de estudante
A morte de um adolescente em novembro de 2007, por afogamento, em uma associação de servidores que a princípio estava sendo apontado como uma fatalidade deixou moradores de Pimenta Bueno estarrecidos, depois que a Polícia Civil desvendou o caso. Um adolescente confessou ter matado o colega de Colégio por este ter negado o empréstimo de uma caneta. O delegado Arismar Araújo, optou pela imediata internação do acusado.
Em 24 de novembro de 2007, um grupo de alunos - cerca de 100 - do Colégio Estadual Raimundo Euclides Barbosa, do município de Pimenta Bueno, Rondônia, participava de um passeio na Associação dos Servidores do Poder Judiciário desta comarca, organizado por professores daquele estabelecimento de ensino.
Ainda pela manhã, o aluno Daniel de Jesus Lima Anteveres, 12 anos, foi encontrado morto dentro de uma lagoa existente naquele local. No Laudo Tanatoscópico, fls. 15 e 16, do processo aberto na época, foi dada como causa mortis "asfixia por submersão (afogamento)".
INVESTIGAÇÕES - Dada a experiência profissional, policiais civis não aceitaram a versão apresentada e passaram a investigar a morte do aluno, pois havia algo estranho no acontecimento: o local onde Daniel se afogou é raso, cerca de 1 metro de profundidade.
O delegado Arismar Araújo, de Pimenta Bueno, começou a ouvir todas as pessoas que estavam no local, sendo que "encontramos dificuldade em intimar um adolescente de 15 anos, o que levantou suspeitas", mas na semana passada a Polícia Civil, depois de várias investigações e evidências, chegou ao adolescente, também estudante do Colégio Raimundo Euclides, que confessou o delito.
O adolescente-infrator disse que no dia anterior teve um discussão com Daniel devido ao empréstimo de uma caneta, "nós discutimos, houve xingamentos recíprocos, surgindo daí o desejo de vingança". No dia do passeio, o adolescente-infrator viu uma oportunidade de se vingar da vítima, como ele próprio declarou ao Delegado, dizendo que aproveitou-se de um descuido da vítima e o afogou ? o adolescente-infrator (15 anos) tem compleição física avantajada em relação à vítima 12 anos ? ele descreveu com detalhes, dizendo que devido a vítima estar se debatendo, usou suas pernas para imobilizá-la.
Após o afogamento, o infrator disse que ficou por perto disfarçando e ainda ajudou a resgatar o corpo da vítima. O Delegado Arismar Araújo, que coordenou as investigações ficou surpreso com a forma fria com que o adolescente-infrator relatou os fatos e de imediato representou pela sua internação provisória, que foi prontamente decretada pela Juíza da Vara da Infância e da Juventude.
O Delegado Araujo ressaltou que o sucesso nas investigações foi devido à sensibilidade da equipe que participou dos trabalhos: a escrivã Andressa, e as agentes de polícia Ângela, Ivone e Lindalva, que foram persistentes e tiveram suficiente sensibilidade com os detalhes para elucidar o crime.
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