Ministro da agricultura alega dificuldade para fiscalizar Rondônia
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu na última terça-feira (1), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que o governo tem dificuldade em tomar novas medidas para solucionar os problemas da Superintendência Federal da Agricultura de Rondônia. "Há muita dificuldade em agir antes da conclusão dos inquéritos da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério da Agricultura", afirmou Stephanes aos parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara. O ministro disse ter nomeado um profissional de sua confiança para acompanhar as investigações da PF e do MPF. Esse técnico, disse Stephanes, ficou 52 dias em Rondônia comandando interinamente a superintendência. De acordo com ele, só depois das conclusões dos inquéritos é que será nomeada a nova direção da superintendência. Aos deputados, o ministro admitiu a possibilidade de falhas. "Desvios existem numa organização tão grande", afirmou.
O tema da audiência pública na Câmara é a "Operação Abate", deflagrada em junho pela PF e pelo MPF em Rondônia com o objetivo de apurar a prática de diversos crimes cometidos para favorecer empresas frigoríficas, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura no Estado. Na época, a PF informou, em nota, que "além de frigoríficos, laticínios e curtumes, foi identificado um importante grupo econômico com sede em Mato Grosso, responsável pelo pagamento de propinas a servidores públicos da superintendência, Banco da Amazônia, Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional de Energia Elétrica e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso".
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