DST´s têm tratamento grátis em Ji-Paraná
> O SAE oferece toda o aparato necessário para portadores de DST?s
O papilomavírus humano, popularmente conhecido como HPV, já infectou, de janeiro até setembro deste ano, 28 pessoas em Ji-Paraná. O número é considerado pequeno, o que não significa que a doença tenha baixo poder de contágio ou traga poucos riscos à saúde do infectado. Por ser transmitido sexualmente, pode provocar o surgimento de lesões genitais de alto risco, que podem se tornar precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, entre outros sinais de baixo risco não relacionados ao aparecimento de câncer.
O Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Ji-Paraná oferece tratamento gratuito aos infectados pelo HPV ou por qualquer outra doença sexualmente transmissível. Segundo a diretora do SAE, Emiquerle Anez Pinheiro, as doenças mais comuns no município são herpes genital e condiloma, que caracteriza o aparecimento de verrugas na área genital, que também aparecem por causa do HPV. ?São doenças de tratamento simples, porém nunca desaparecem por completo?, ressaltou.
Emiquerle explicou como funciona o tratamento do condiloma. ?Ao ser constatada a infecção pelo HPV, a primeira providência a ser tomada é a de cauterizar a verruga por meio de um ácido?, explicou, lembrando que o procedimento é feito na própria sede do SAE. ?Em casos mais extremos, quando as verrugas estão mais internas, o paciente é encaminhado e é feito um procedimento cirúrgico no Hospital Municipal?.
A diretora falou também sobre o número de casos da doença. ?Apesar de ser um número relativamente pequeno, tem nos deixado preocupados, pois a cada semana chegam mais dois ou três pacientes com complicações vindas do HPV?, alertou. Emiquerle é enfática quando questionada sobre a melhor forma de prevenção contra o HPV. ?Só o sexo com camisinha protege as pessoas de qualquer doença sexualmente transmissível. Não existe remédio ou ritual de limpeza que elimine os riscos de uma relação sexual desprotegida?, salientou. Emiquerle finalizou dizendo que, em caso de qualquer suspeita de infecção por DST, a pessoa deverá procurar o SAE imediatamente, para que seja atendido o mais rápido possível.
ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA - O SAE oferece, além dos atendimentos clínicos realizados por uma ginecologista, distribuição gratuita de preservativos e campanhas de conscientização. Nos casos de pacientes já cadastrados, há acompanhamento psico-social, distribuição de coquetel contra a AIDS, exames de HIV e visita domiciliar e hospitalar aos enfermos.
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