Ministro confirma: Enem será em dezembro
O ministro da Educação, Fernando Haddad, confirmou ontem (6) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ser aplicado nos dias 5 e 6 de dezembro. O ministro anunciou, em entrevista coletiva após encontro com o ministro da Justiça, Tarso Genro, qual será a nova estrutura de aplicação da prova. Cespe e Cesgranrio serão responsáveis pela impressão, aplicação e correção; os Correios, pela distribuição em caráter especial; a Polícia Federal, pela parte da inteligência.
A Polícia Federal vai acompanhar todo o processo, desde a saída das provas do Inep até a distribuição. ?O plano logístico está sendo detalhado neste momento. A PF já designou as pessoas que farão o mapeamento da prova", disse Haddad. Segundo o titular da Educação, a ação da Polícia Federal não vai encontrar barreiras jurídicas. ?Estivemos no Tribunal de Contas e houve uma liberalidade em função de uma emergência?, afirmou.
LOCAIS DE PROVA - O ministro disse que, a partir de hoje (7), quem quiser mudar a cidade onde vai fazer prova, poderá fazê-lo no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep). Para o próximo ano, Haddad disse que vai defender o fim de licitações para o exame e o ?uso de empresas de excelência?. ?Embora tenhamos feitos processos licitatórios normais, quando começa a haver disputa por esse tipo de serviço, você pode correr o risco de alguém que formalmente consiga cumprir os requisitos do edital e não tenha condições [de aplicar a prova]?, afirmou.
Consórcio
Na segunda (5), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, anunciou que o contrato com o Connasel, consórcio responsável pela aplicação do exame que vazou na semana passada, foi rompido bilateralmente. O Cespe, da Universidade de Brasília, e a Fundação Cesgranrio, segundo Fernandes, já aceitaram participar conjuntamente da aplicação da prova. Para tanto, deve ser assinado um contrato de emergência, sem licitação.
Ao todo, 68 universidades têm convênio com o MEC para usar os pontos do Enem no processo de seleção. O presidente da Andifes, Alan Barbiero, que representa instituições federais de ensino superior, disse que as universidades podem atrasar em 15 dias o início das aulas. Ele deixou claro, no entanto, que a decisão cabe a cada universidade.
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