Greve dos bancários segue sem acordo em Rondônia
Os bancários de Rondônia permanecem em greve. Até a manhã de ontem (06), pelo menos 65 % das agências no estado confirmaram paralisação. Na capital, Porto Velho, o movimento grevista já atingiu 98 % das unidades de atendimento às movimentações bancárias. Quem afirma é o presidente do Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO), Cleiton Santos. De acordo com o dirigente, os trabalhadores só retomarão os serviços após acordo entre o sindicato e a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), que até o momento não apresentou contrapropostas e matem negociações emperradas.
A categoria exige a implementação de um plano de Participação dos Lucros e Resultados (PLR), índices de aumento salarial de, pelo menos, 10% e contratação de mais servidores, com melhorias nas condições de trabalho. Durante dois dias de negociações, ocorridas na última quinta (01) e sexta (02), representantes dos banqueiros sugeriram aumento de 4,5% sobre os 10% e um salário e meio mais R$ 1.500,00 sobre os três salários mais R$ 3.850,00 cobrados pelos funcionários, através da manifestação encabeçada pelas entidades sindicais em todo o país.
A adesão ao movimento de paralisação das agências aumenta a cada dia. Cleiton informou que, na semana passada, diretores sindicais engrossaram mobilizaram os funcionários das cidades de Ji-Paraná, Jaru, Cacoal e Espigão d?Oeste.
SERVIÇOS - O presidente do Seeb esclareceu que, em concordância coma Lei de Greve, 30% do quadro de profissionais prestam os serviços, considerados essenciais. São eles: Compensações de cheques, no qual o valor fica disponível nos caixas eletrônicos, e pagamento de benefícios aos aposentados que, eventualmente, estejam com problemas nos cartões, como bloqueio de conta e outros. Um acordo entre o movimento grevista e os bancos Bradesco e Brasil de Porto Velho, prevê o atendimento aos trabalhadores da construção civil, fixados nas empresas que constroem as usinas do Madeira. É que, muitos deles ainda não possuem cartões e não podem utilizar o auto-atendimento.
ARTICULAÇÃO - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) enviou ao Congresso uma solicitação de apoio ao parlamentares nas negociações. ?Acreditamos que os deputados e senadores ligados ao setor possam contribuir com a resolução do impasse?, disse Cleiton Santos, lembrando que a classe política de Porto Velho mostra-se preocupada com a precariedade no atendimento bancário, promovendo uma audiência pública nesta terça-feira às 15hs pra tratar do assunto, entre outros relacionados. O presidente enfatizou a justificativa da greve, lembrado que, ?o objetivo principal é lutar por valorização dos ganhos dos trabalhadores e aprimoramento ao atendimento à comunidade?.
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