Ministro afirma que Brasil não terá mais problemas com energia elétrica
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou, após o leilão da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, ontem (19), que o Brasil não terá mais dificuldade de produção de energia. ?Não teremos mais dificuldades de energia elétrica nesse país. Nem agora, nem amanhã, nem nunca?, disse o ministro.
Lobão afirmou que o leilão é um retrato do bom momento da economia brasileira. Ele destacou que, enquanto na Europa há tendência de alta dos preços de energia, no Brasil a tendência é de redução após os leilões das usinas do Rio Madeira. Ele voltou a cobrar agilidade nas licenças para permitir o cumprimento de prazos das obras.
O ministro espera um preço ainda mais baixo que o R$ 71,40, registrado em Jirau, na próxima usina a ser leiloada na Amazônia, a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Lobão espera que mais consórcios participem do próximo leilão, previsto para 2009.
FAVORITO - O consórcio Energia Sustentável do Brasil, comandado pela multinacional franco-belga Suez, venceu o leilão ontem (19) da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. O lance oferecido pelo consórcio foi de R$ 71,40 o megawatt hora (MWh), o que representa um deságio de 21,6% em relação ao teto, que era de R$ 91. O preço final foi fixado em R$ 71,37 para as distribuidoras de energia, para quem o consórcio destinará 70% da produção de Jirau.
O preço é menor do que o da usina hidrelétrica de Santo Antônio, do mesmo complexo, que foi leiloada em dezembro a R$ 78,87. O consórcio vencedor é formado por Suez (50,1%), além de Camargo Corrêa Investimentos em Infra-Estrutura (9,9%), Eletrosul Centrais Elétricas (20%) e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf (20%).
O consórcio liderado pela Suez derrotou o favorito Jirau Energia, comandado por Furnas e Odebrecht, autores do estudo de viabilidade da obra. O leilão durou sete minutos porque na primeira rodada o consórcio Energia Sustentável do Brasil apresentou uma oferta 5% abaixo da concorrente.
Em nota distribuída à imprensa assim que foi divulgado o resultado, o presidente do consórcio vencedor, Victor-Frank Paranhos, afirmou que estudos técnicos permitiram reduzir em R$ 1 bilhão o custo da obra, previsto incialmente para R$ 8,7 bilhões. Outro ponto destacado na nota do vitorioso é a possibilidade de antecipar o início das operaçòes da usina de janeiro de 2013 para março de 2012.
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