Campanha contra dengue é lançada em Rondônia
(Da Redação) Preocupado com a epidemia de dengue que assusta não só o estado de Rondônia como também o Brasil, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), inicia nos próximos dias uma campanha publicitária maciça de conscientização nos 52 municípios, quanto às medidas preventivas para impedir que a dengue se alastre no Estado. Com a chegada do chamado inverno amazônico a água se acumula formando locais propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor da dengue.
A campanha, segundo o gerente de Vigilância Estadual em Saúde (Agevisa), Gilberto Miotto, utilizará os meios de comunicação disponíveis nos municípios, como emissoras de TV e rádios. Também estão sendo confeccionados folders e cartazes explicando os cuidados que se deve ter. ?A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Para isso, é necessário acabar com os "criadouros" (lugares de nascimento e desenvolvimento do mosquito). Portanto, não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente?, disse Miotto, ressaltando que o Aedes Aegypti não se reproduz apenas em água limpa.
O município com menor índice populacional e onde não exista unidade de saúde e meios para tratamento terão prioridade. ?Há municípios que contam com secretarias, porém não dispõem de profissionais ou mesmo material de coleta para realização de lâmina para diagnosticar a doença, e com isso quem sofre é a população?. Atualmente os municípios com maiores números de casos são Cacoal, Jaru, Vilhena, Guajará-Mirim e Ji-Paraná.
Já o secretário estadual de Saúde, Milton Moreira, falou das ações que a pasta vem desenvolvendo, como capacitação de servidores de todos os municípios, material, inspeção, além de contar com 10 carros do tipo ?fumacê? que são acionados quando necessário. Recentemente, a Sesau entregou as prefeituras 40 bombas do tipo residuais, aquelas que são utilizadas em locais onde os veículos não podem atingir.
Ele disse ainda que a população tem que aderir à campanha, adotando cuidados simples de prevenção como os que vamos veicular nos meios de comunicação. São também medidas eficazes: substituir a água dos vasos de plantas por terra; manter seco o prato coletor de água; utilizar água tratada com cloro, não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostas à chuva; manter sempre tampados barris, filtros, caixas-d?água e cisternas; acondicionar o lixo em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.
PAPEL DOS MUNICÍPIOS - Estão incumbidos, no período endêmico; preencher a ficha de notificação simplificada para casos suspeitos; preencher ficha de investigação em caso de óbito; gestantes, menores de 15 anos e casos, com manifestação clínica não usual, investigar imediatamente os óbitos; suspeitos usando o protocolo de investigação; realizar transferência de informações; conforme rotina e fluxo definidos, utilizando o Sisnet para transferência para transferência diário de dados; realizar sorologia (suspeita de dengue-clássica - coleta de forma amostral, um a cada 10 pacientes, Casos graves com coleta obrigatória 100% dos casos); e manter a rotina de monitoramento viral estabelecida pela Vigilância Epidemiológico.
Já aos estados cabe verificar se os dados dos municípios são recebidos oportunamente, acompanhar a curso dos casos, a tendência e o perfil da doença, em todos os municípios, apoiá-los quando necessário, investigar casos graves e óbitos, confeccionar informe epidemiológico estadual semanalmente,e inserir o acompanhamento das endemias de dengue nas atribuições do Cievs, onde o centro estiver implantado.
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