Brasil vai usar pela primeira vez a Internet nas eleições
Os cerca de 56 milhões de brasileiros que acessam diariamente a Internet terão nas eleições deste ano mais um ingrediente em suas telas de computadores: a campanha, sem restrições, de candidatos às eleições de 2010. Essas vão ser as primeiras eleições no Brasil com o uso da internet pelos candidatos que terão o número crescente de internautas um bom fôlego nas suas campanhas.
No Brasil, o número de internautas cresce constantemente e deve ser maior ainda este ano de 2010. Em 2009, por exemplo, houve um aumento de 75% em relação a 2005. Esta decisiva fatia do eleitorado brasileiro estará sob a alça de mira dos candidatos e suas práticas eleitorais, nem sempre éticas e leais. Todos os candidatos terão mais espaço na rede devido à nova lei eleitoral.
Na última eleição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu a propaganda fora dos domínios "can.br". Agora, os candidatos poderão divulgar seu nome em redes sociais, blogs e outros sites sem grandes restrições. As doações pela rede e seu alcance ainda são uma incógnita. O grande trunfo eleitoral de Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2008, as doações pela rede mundial de computadores, ainda é uma incógnita no Brasil, que fará sua estréia nas eleições desde ano.
DÚVIDA - Entretanto, o grande problema que os candidatos vão enfrentar é saber ao certo como fazer para receber as doações através da Internet. O PSDB, por exemplo, fez uma consulta ao TSE sobre os detalhes da prática, mas o Tribunal ainda não se pronunciou sobre como serão feitas as doações. Enquanto isso, o Partido Verde (PV), por exemplo, criou um sistema de doações para o partido em seu site por meio de boleto bancário. Mas tudo isso pode vir a cair por terra, por conta de uma possível reviravolta em todas estas regras, devido a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra a nova lei eleitoral, ajuizada pelo PDT, no Supremo Tribunal Federal.
O autor da ação no Supremo Tribunal Federal é o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que considera as mudanças "casuísticas", dizendo que ?se há uma lei para as eleições, não há porque ela ser modificada todo ano?. Com informações do PRAVDA.Ru BRASIL.
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