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RondÃ´nia Racing retorna ao Brasil
(Da RedaÃ§Ã£o) O piloto Julio Bonache e o navegador Lourival Roldan chegaram esta semana ao PaÃs. Bastante abalados, contaram como foi o dia fatÃdico e comentaram a desclassificaÃ§Ã£o. A competiÃ§Ã£o comeÃ§ou no dia 1 de janeiro, em Buenos Aires, Argentina. E como sempre, o Dakar nÃ£o dÃ¡ trÃ©guas! Realizado pela segunda vez consecutiva na AmÃ©rica do Sul, a prova se fez ainda mais difÃcil do que na Europa e Ãfrica. Das 151 motos, 25 quadriciclos, 134 carros e 52 caminhÃµes que largaram em Buenos Aires, continuam 93 motos, 14 quadriciclos, 60 carros e 31 caminhÃµes, registrando uma reduÃ§Ã£o de aproximadamente 50%. SÃ³ na 3Âª etapa, entre as cidades de La Rioja e Fiambala, AR, 35 competidores deram adeus ao rali; e nesta estatÃstica, cinco duplas eram brasileiras. O piloto Julio Bonache e o navegador Lourival Roldan, da RondÃ´nia Racing, estavam neste grupo. O regulamento da competiÃ§Ã£o prevÃª passagem obrigatÃ³ria por trÃªs pontos do percurso, e o nÃ£o cumprimento, implica na desclassificaÃ§Ã£o. PorÃ©m, a traÃ§Ã£o dianteira da Mitsubishi L200 EvoProm quebrou no trecho de dunas altas e areia bastante fofa, impedindo a dupla de seguir a diante. "Logo no primeiro trecho, passamos por uma regiÃ£o que lembrava filmes espaciais, com crateras, pedras, canyon entre pedras, e muita, mas muita areia do tipo fesh fesh. Na primeira vez que atolamos, quando descemos do carro, ficamos enterrados na areia atÃ© o joelho", descreveu Bonache. "Foi algo totalmente diferente de tudo o que vivi nos trÃªs anos de experiÃªncia que tenho em ralis. Neste dia, entendi o que era o Rally Dakar e a razÃ£o dele ser o mais difÃcil do mundo. A especial tinha 182 quilÃ´metros e conseguimos fazer 70 quilÃ´metros. Foram 11 horas para chegar ao parque de apoio", salientou. O piloto conta que o roteiro entrou em um canal de rio seco, com diversas subidas e descidas e areia interminÃ¡vel. O local era estreito e sem espaÃ§o para embalar o veÃculo nas subidas e curvas de solo arenoso. "Para resumir, 60 carros nÃ£o chegaram no tempo mÃ¡ximo, e 35 foram desclassificados por nÃ£o passarem pelo posto de controle. Inclusive nÃ³s, que sem traÃ§Ã£o dianteira foi impossÃvel continuar pelo trajeto da especial", resumiu Bonache. Na opiniÃ£o da dupla, os integrantes da RondÃ´nia Racing estavam bem preparados. Houve poucas falhas, mas ainda sim, Roldan julga que o Dakar Ã© uma guerra e para um combate deve-se ir com todas as armas carregadas. Outra particularidade que chamou atenÃ§Ã£o de Roldan foi Ã falta de uniÃ£o entre os participantes brasileiros. "PoderÃamos ter feito um Ãºnico time para chegarmos juntos. Os brasileiros viraram concorrentes entre si e nÃ£o companheiros da mesma aventura. Era cada um por si. Dentro da nossa equipe, o clima estava muito bom, e essa saÃda foi um tremendo balde de Ã¡gua fria", analisou....