O ANO DA MUDANÇA
O ANO DA MUDANÇA
* Por Luiz Carlos Amorim
O ano passado, de crise, corrupção e tragédias, já não foi um ano bom. E este ano de 2010 também não começou nada bem. Mas por quê? Por causa do tempo, das tempestades, da natureza? Não, por causa de nós mesmos, por nossa culpa, nós, seres humanos. Se não respeitarmos a natureza, ela também não terá como nos devolver respeito e segurança. É uma troca natural e justa. Então, temos que ter esperança, mas também temos que ter responsabilidade, pois o novo ano não será melhor por um passe de mágica. Temos que fazer deste ano o ano da conscientização e do propósito de cuidar do nosso lar, cuidar do nosso planeta Terra, que até aqui só fizemos tentar matá-lo. E ele está estertorando.
Então, este novo ano terá que ter a marca da renovação, da certeza de que podemos mudar, de que podemos provocar mudanças em nós e no próximo, de que essas mudanças precisam começar e podem trazer, oxalá, condições de vida melhor para todos se tivermos um planeta mais vivo, mais saudável, com o meio ambiente e a natureza protegidos. E essa esperança de um futuro melhor, sem poluição do ar, da água, do mar e do solo, vai nos trazer uma coisa não menos importante: a paz. Precisamos plantar, cultivar e disseminar a paz, sem a qual todo o resto, até a esperança, será em vão. E sabemos que nós somos o instrumento da paz, os construtores da paz, os responsáveis pela sua existência e permanência.
Não podemos contar com uma transformação instantânea, com a correção dos erros do passado em um piscar de olhos. Mas precisamos começar. Com urgência. Temos que participar da renovação, com solidariedade e honestidade, fazendo cada um a sua parte.
Nossa sociedade está imersa em uma era de corrupção e mentiras e precisamos redirecionar essa energia desperdiçada para o cuidado necessário que temos de ter com o nosso pequeno mundo, entrando em uma nova era, esta de transparência e verdade. Impossível? Este é o ano da esperança e da realização e não haverá esperança se não tentarmos construir um futuro melhor. Temos que trabalhar e contribuir para que a natureza seja nossa aliada, neste caminho para a paz, e não nossa inimiga. Temos que parar de desafiá-la e protegê-la. Precisamos nos unir a ela para salvar nosso planeta.
* Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 29 anos de atividades e editor das Edições A ILHA.
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