Mais de 200 mulheres denunciam seus agressores em Ji-paraná
(Josedete Calandreli) Famílias brasileiras mostram-se cada dia mais indignados com as cenas de agressões que estão estampadas na imprensa. Em Ji-Paraná não é diferente, o que presenciamos são mães desesperadas pela morte de seus filhos, ainda jovens, mulheres violentadas e pessoas inocentes mortas. Estatística apresentada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) informa que por mês mais de 200 mulheres sofrem violências domésticas no município. A população não pode permanecer impune assistindo tantas injustiças.
Segundo a delegada de atendimento à mulher, Elza Teles, as principais agressões contra a mulher são lesão corporal, abuso sexual e difamação. A delegada disse que a maioria desses agressores são membros da família.
Dados da Central de Atendimento à Mulher de 2008, revela que uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil, e que a maioria das vítimas são violentadas pelo marido ou namorado. Pesquisa realizada na USP (Universidade de São Paulo), mostra que três em cada dez mulheres já foram agredidas e forçadas a manter relações sexuais por seus parceiros.
De acordo com uma dona-de-casa de 29 anos, casada, residente do bairro Santiago, que não quis revelar sua identidade, ela conta que sofreu abuso sexual por um companheiro de trabalho, num acampamento de sem-terra de Buritis, na busca de adquirir sua própria terra. A família de baixa renda ficou morando alguns meses no acampamento. A mulher informou que o agressor ficou sabendo que o marido tinha ido à cidade e ela ia dormir sozinha com seus dois filhos menores e planejou o ataque. ?Eu estava dormindo quando ele entrou em meu barraco, acordei com ele me ameaçando de morte se eu não ficasse calada, tirou minha rouba e fez sexo comigo, foi à pior humilhação que já passei em toda minha vida?, relembra. A jovem declara que seu filho de cinco anos, estava com ela na cama e assistiu todo o ato de violência....