PSF não para em Ji-Paraná
> O municÃpio é que banca a maior parte do Programa Saúde FamÃlia (69,4%)
(Da Redação) O secretário de saúde de Ji-Paraná, José Batista, informou ontem (4), em entrevista coletiva, que houve a suspensão do repasse da União do Programa Saúde FamÃlia (PSF) do municÃpio no mês de janeiro, mas os serviços são realizados normalmente na cidade. A ação, temporária ocorreu depois deu uma denúncia anônima feita a Controladoria Geral da União (CGU), em junho do ano passado.
José Batista garantiu que teve a suspensão provisória. ?Houve, sim, a suspensão do repasse, mas não teve a paralisação do serviço e nem vai haver, até porque, o municÃpio é quem banca a maior parte (69,4%) do Programa?.
Basicamente, a denúncia anônima feita à CGU se referia à falta de atendimento odontológico no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e à baixa remuneração dos profissionais envolvidos no PSF, acusando que os repasses feitos pela União ao PSF e ao CEO estariam sendo desviados.
O secretário classificou a denúncia como ?vazia e de cunho pessoal?, uma vez que a pessoa cita na denúncia que, ?tenho parentes que trabalha na área e andamos investigando quanto deve ganhar um cirurgião dentista e a ACD? (SIC). Em entrevista, Batista recebeu a solidariedade do deputado estadual Euclides Maciel, que disse no ar que ?uma pessoa que faz uma denúncia anônima é uma pessoa covarde e mais covarde ainda é quem investiga uma denúncia dessas pondo em risco a prestação de um serviço de suma importância para a população?.
COBERTURA DO PROGRAMA ? De acordo com o secretário de saúde, Ji-Paraná tem hoje 17 equipes de PSF a um custo de R$ 23 mil e 400 cada, sendo que deste montante a União repassa R$ 6 mil e 400, o Estado repassa R$ 750 e o restante, R$ 16 mil e 250, é pago pelo próprio municÃpio, ou seja, 69,4% do total. ?Por isso que, mesmo com a suspensão do repasse da União em janeiro, o serviço não foi interrompido?, confirma José Batista.
As 17 equipes do PSF dão conta de uma cobertura de 42% da população. A Administração Municipal pretende, de acordo com Batista, contratar pelo menos mais 80 agentes comunitários de saúde por meio de concurso público, porém, mesmo assim a cobertura não seria de cem por cento da população. ?Para uma cobertura de cem por cento, como preconiza o Ministério da Saúde, terÃamos que ter pelo menos mais 17 equipes. Seria impossÃvel para o municÃpio bancar isso hoje?, calculou o secretário.
EQUIPE ESTADUAL - Quanto à s ?irregularidades? apontadas na denúncia anônima, uma equipe da Atenção Básica da Saúde do Estado esteve em Ji-Paraná para investigá-las e preparar relatório a ser enviado para o Ministério da Saúde. A equipe da Saúde do Estado veio para ficar uma semana visitando os Postos de Saúde e as equipes do PSF, mas ficou só dois dias e deu-se por satisfeita. A principio, nenhum problema foi apurado que não seja comum a outros municÃpios, como deixou claro Annelise Lins de Medeiros, da Gerência de Programas Estratégicos da Saúde do Estado. ?Este problema não é exclusivo de Ji-Paraná. Em 2009 vários municÃpios do Estado enfrentaram o corte das verbas pela falta de profissionais?, disse Annelise.
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