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Polícia investiga fraude milionária
> Durante uma coletiva, o prefeito relatou providências de sindicância e do inquérito policial (Josias Brito) A prefeitura de Ji-Paraná exonerou a funcionária Thais Santos Davila, acusada de ter fraudado as folhas de pagamentos do município. Além da exoneração, foi aberto um inquérito na Polícia Civil e uma sindicância para apurar o montante que foi desviado e desde quando às irregularidades estavam acontecendo. O prefeito José de Abreu Bianco, durante entrevista concedida ontem à imprensa, não soube informar quanto realmente à funcionária fraudou a administração. Acredita-se que foram desviados milhões de reais do cofre público e que existam outros funcionários envolvidos no esquema. Um homem, que não teve seu nome revelado nem pelo prefeito e nem pela polícia, esta sendo procurado por fazer parte do esquema. De acordo com o prefeito, a suposta fraude foi descoberta na semana passada quando os relatórios do servidor apresentaram diferença em relação ao apresentado pela funcionária nos meses anteriores. Apesar de a prefeitura não ter um valor do que foi desviado, acredita-se que o valor é muito alto, já que segundo a administração, Thais Santos, em quatro anos no cargo de chefe do setor de pagamentos, adquiriu muitos bens valiosos. ?Queremos que os culpados paguem pelo que fizeram?, disse Bianco informando ainda que é difícil calcular valores, mas acredita-se que o valor supostamente desviado seja bem alto. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Valdecir Ramos, na tarde da última terça-feira (9), a pedido da própria administração. O magistrado disse que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Ji-Paraná. O motivo da prisão se deu porque houve uma denúncia de que a servidora participava de um esquema que desviava por meio de uma folha paralela dinheiro público. A fraude foi detectada e chegou à justiça através de uma procuradora do município e depois confirmada pelo secretário municipal de saúde, José Batista, que comandava a pasta de administração desde o inicio de 2005 até o ano passado. Ao ouvir o relato da procuradora do município, o juiz decretou a prisão preventiva dos dois principais envolvidos no caso. TENTATIVA DE SUICÍDIO - No momento da prisão, Thais Santos tentou se suicidar, trancando-se no banheiro da sua residência e ingerindo alguns remédios. A servidora foi internada sob escolta policial em um hospital particular da cidade. A acusada recebeu alta hoje (10), por volta das 11h30 e foi encaminhada pela Polícia Militar a ala feminina do presídio Agenor Martins de Carvalho. A prisão, decretada pelo Juiz Valdeci Ramos, em seu plantão, foi distribuída para a 2ª Vara Criminal da comarca de Ji-Paraná, sob o comando do juiz Edvaldo Fantini, que está gozando de férias. O juiz Valdeci Ramos informou que não decretou segredo de justiça no caso como estava sendo divulgado pela imprensa de todo o estado. A prisão preventiva de Thais Santos foi solicitada pela administração municipal para evitar que novas fraudes sejam praticadas. Thais Santos foi selecionada por meio de concurso público realizado no ano de 2003. Funcionária exemplar, em 1º de janeiro de 2007 assumiu a diretoria da folha de pagamento, sendo que nem a administração e nem a polícia sabem informar quando ela e seu comparsa, começaram o esquema de fraude, usando as folhas de pagamento. ESQUEMA - A servidora que é funcionária de carreira do município, exercia cargo de confiança no setor de folha de pagamento e por meio de seus conhecimentos, gerava dois pagamentos de um mesmo servidor em secretarias diferentes. Uma oficial e outra paralela. O dinheiro desviado era depositado em uma única conta do Banco do Brasil em Jaru. Os envolvidos podem ter desviado milhões de reais dos cofres do município. O prefeito Bianco garantiu que medidas enérgicas estão sendo tomadas e que o programa de gerenciamento da prefeitura, suspeito de ser usado na fraude e que foi implantado pelo marido da servidora que presta serviço a uma empresa de informática contratada pela prefeitura, não será cancelado. ?Não podemos mudar um sistema da noite para o dia?, enfatizou o prefeito garantindo que a fraude foi descoberta pela própria administração e que, num prazo de 30 dias, será apresentado o resultado final da apuração interna. A sindicância está sendo acompanhada pelo procurador do município, Armando Reigota. ...


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