Correios normalizam serviços em Ji-Paraná
> A empresa criou uma rota de transporte terrestre alternativo para agilizar a entrega no estado
(Josias Brito) O gerente operacional dos correios em Rondônia, Goildo Pereira, informou na manhã de ontem (22), que a partir do dia 03 de março os serviços da empresa estarão 100% normalizados no Estado. A empresa estuda alternativas no uso de vôos comerciais de passageiros, redesenho de rotas aéreas, transporte rodoviário, sublocação de aeronaves e convênio com a FAB (Força Aérea Brasileira) para tentar resolver emergencialmente o atraso na entrega da correspondência.
Goildo Pereira Nascimento, disse que os atrasos nas correspondências no estado são por causa de dois fatores. Segundo o gerente operacional, o primeiro fator é devido o atraso na chegada das mercadorias na região. ?A TAF retirou três aeronaves de circulação recentemente, duas por acidentes e uma para manutenção. Já a outra empresa está interessado em novas rotas, mas talvez não dispute todos os destinos?, informou.
De acordo com Goildo Pereira, uma rota alternativa de Guarulhos, São Paulo a central dos Correios em Porto Velho, Rondônia, foi criada, via terrestre, para dar maior agilidade aos clientes da empresa, mas mesmos assim vem havendo atraso na chegada das correspondências. ?Temos trabalhado incansavelmente para conseguirmos agilizar e atender as necessidades das pessoas que utilizam os serviços dos correios e precisam receber suas encomendas em dias, mas com a falta de opções aéreas, isso se torna impossível ?, ressaltou.
De acordo com um dos empresários que prestava serviço aos Correios na região Norte, o valor de referência exigido pela Empresa de Correios e Telégrafos nas licitações muitas vezes não compensa o custo operacional. "A empresa não consegue rentabilizar a linha e quebra. O custo é muito alto. Só a manutenção, que precisa ser feita a cada dois anos, custa US$ 600 mil", disse Daniel Winocur, diretor-geral da Total.
Segundo a assessoria dos Correios, a FAB começa a operar já no final deste mês, e o pregão para contratar uma nova transportadora na linha que sai de Brasília e passa por Rondônia e os outros estados prejudicados, já foi homologado.
O supervisor de operações do Centro de Distribuição de Ji-Paraná, Missael Rodrigues, disse que mesmo com os atrasos nas chegadas das encomendas na central, os funcionários estão trabalhando normalmente no município. ?A partir das 14 horas nossa central não tem nenhuma encomenda a ser entregue aos clientes?, garantiu o supervisor.
Missael informou ainda que diariamente eles entregam de mil a 1.300 sedex, documento registrado e com seguros e 12 mil cartas. ?Sempre trabalhamos para melhor atender as pessoas que utilizam nossos serviços?, enfatizou.
INDENIZAÇÕES - Devido as suspensões decorrentes de problemas nas empresas aéreas que prestavam serviços aos Correios, desde de final do ano passado, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em Rondônia, vem indenizando as pessoas que utilizaram os serviços de Sedex. A falta de aeronaves cargueiras no mercado fez com que setes Estados brasileiros enfrentassem atrasos na entrega de cartas e encomendas pelos Correios. No estado os envios via Sedex, previstos para entrega em 24 horas, estão demorando até oito dias úteis.
O gerente operacional em Rondônia, Goildo Pereira, disse que para sanar um pouco os problemas destas pessoas que contrataram os serviços do sedex, a empresa vem indenizando os cliente. ?Desde a crise, não tivemos nenhum processo indenizatório movido contra a empresa no Estado, mas mesmo assim estamos pagando os clientes pela demora nos serviços que prestamos?, concluiu.
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