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Livro impresso em ascensão
Livro impresso em ascensão *Luiz Carlos Amorim Com a chegada ao Brasil dos leitores de texto digitais, como Kindle e o novo aparelho da Aplle ? existe até um tupiniquim, já ? instalou-se de novo a polêmica da previsão da queda do livro impresso. O engraçado é que, mesmo rolando aos quatro ventos o anúncio do fim do livro, a verdade é que as vendas dos volumes tradicionais, está em ascensão. Um levantamento da Associação Nacional de Livrarias dão conta de que o crescimento de vendas atingiu mais de dez por cento nos últimos anos. Sabemos que, devagar, a adesão aos livros eletrônicos vai progredindo. E se, mesmo verificando-se que, apesar dos adeptos do Kindle e outros leitores eletrônicos, que já perfazem uma pequena fatia da venda e de consumo de e-books, o livro impresso continua aumentando suas vendas. Quero crer que isso significa que o número de leitores de livros têm aumentado. Não é uma boa notícia, saber que o contingente de leitores aumentou, nesta nossa terra tupiniquim que carrega o estigma de ter um povo que não lê? Mesmo o livro sendo um artigo caro, as vendas estão numa crescente. Os e-books tentam ser mais baratos que o livro impresso, mas é preciso considerar que o aparelho para ler os arquivos digitais ainda são caros, e isso reflete no preço final do e-book. A boa nova é a constatação de que o que tem provocado esse aumento na venda de livros nos últimos tempos é a leitura por parte do público mais jovem, ou seja, leitores ainda em formação. Mérito da escola, que está conseguindo incentivar a leitura em jovens e adolescentes? Talvez. Algumas escolas fazem um trabalho muito bom e eficiente. Mas o que tem motivado os novos leitores a consumirem mais livros são escritores como os autores de Harry Potter, Crepúsculo e tantas outras séries de aventuras surrealistas, que com sua imaginação prodigiosa criam situações e personagens fabulosos, que cativam e arrebanham mais adeptos para o livro. Leitores que enfrentam volumes de quatrocentas, quinhentas ou mais páginas. A série Crepúsculo até foi protagonista de um feito inédito, recentemente: fez com o clássico ?O Morro dos Ventos Uivantes?, que é citado em alguns volumes do romance, fosse parar na lista dos livros mais vendidos, nas últimas semanas. Não é ótimo saber que mais brasileiros estão lendo, consumindo literatura? Como já disse, não podemos ter a ilusão de que, a longo prazo, o livro eletrônico não vai ganhar terreno. Alguém perguntaria: e esses campeões de vendas não migrarão para o e-book? Claro, mais cedo ou mais tarde eles estarão também nessa plataforma. Mas o livro impresso estará sempre aí, mesmo dividindo espaço com o livro eletrônico. * Luiz Carlos Amorim é escritor e coordenador do grupo literário A ILHA, em Santa Catarina....


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