Complexo do Madeira pode sofrer novo atraso
Alteração no projeto da Usina do Jirau deverá causar mais atraso no início das obras do madeira. A proposta da mudança do local de instalação da usina de Jirau poderá comprometer o prazo de entrega do complexo hidrelétrico do rio Madeira. A licença prévia emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) permite a instalação da usina de acordo com localização prevista no edital do leilão. O projeto do grupo vencedor, Suez Energy, pretende alterar em nove quilômetros o local previsto para o empreendimento. O objetivo é de utilizar a queda d?água da Cachoeira do Inferno, em vez da de Jirau, que trará uma maior produção energética.
Com a mudança física do empreendimento o estudo de impacto ambiental (EIA ?RIMA) terá que ser revisto pelo Ibama, já que as áreas alagadas e o impacto socioambiental serão modificados. Segundo o deputado federal, Moreira Mendes (PPS-RO), o possível atraso da obra reafirma a necessidade da construção do gasoduto Urucu-Porto.
Para ele, a construção do gasoduto na região seria uma fonte alternativa para a produção de energia, além de criar empregos e trazer investidores para o Norte. Enquanto as usinas do Madeira não ficam prontas, o governo federal poderia investir na construção do gasoduto. ?A viabilização do gás e os parceiros para a construção do setor privado já estão consolidados, o que falta é o governo federal priorizar a obra?, afirmou o deputado.
O duto seria uma opção de energia mais barata, além de reduzir a emissão de gases poluentes produzidos pelas térmicas que geram energia elétrica movida à queima de óleo diesel para a região Norte. Na bacia petrolífera de Urucu já foi comprovada que há reservas de gás suficiente para atender a demanda da região. Assim, se o governo liberasse o início das obras hoje, o gasoduto Urucu ? Porto Velho ficaria pronto em 2010.
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