Cai inadimplência em Ji-Paraná
(Paulo Demétrius) Na última semana, órgãos de regulamentação financeira nacional, disponibilizaram um relatório onde ficou atestado um alto recorde do consumo, com o detalhe de uma queda acentuada na inadimplência do consumidor brasileiro.
Segundo os números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Serasa Experian (empresa que mantém um banco de dados de consumidores inadimplente), o brasileiro tem conseguido regularizar sua vida financeira.
A pesquisa é realizada mensalmente e também analisou a devolução de cheques no país. O volume de cheques bancários devolvidos por falta de fundos, caiu 15,8% em janeiro em relação a dezembro, somando 1,6 milhão de documentos. Esse montante equivale a 1,85% dos cheques compensados - 90,6 milhões , o menor percentual desde setembro de 2008 ? 1,79%. Na comparação com igual período dos anos anteriores, a taxa só é superada pela registrada em janeiro de 2005, que chegou a 1,53%.
Segundo os economistas da Serasa, a queda no número de cheques devolvidos é consequência do crescimento econômico, especialmente o registrado a partir do segundo semestre de 2009. O aumento dos níveis de emprego e renda são fatores determinantes para a queda na inadimplência.
Os números divulgados são os melhores desde março de 1997, porém, o que espantou os economistas, foi que esse vigor econômico aconteceu meses depois de uma crise financeira global, o que demonstra a boa saúde da economia brasileira.
REALIDADE LOCAL - O estado de Rondônia se mantém com números pouco acima da média nacional, o que é uma tendência dos estados da região Norte do país, mas mesmo nessa parte do Brasil, observa-se uma queda expressiva com relação aos dados anteriores.
A administradora do Câmara dos Dirigentes Lojistas de Ji-Paraná, Daniele Nunes, concedeu entrevista ao CP, confirmando que, na maior cidade do interior do Estado, também se percebeu uma queda na inadimplência. ?Desde janeiro que notamos um aumento no número de nomes retirados do banco de dados do SPC, esse mês, tivemos um percentual de 25% de clientes a mais que saíram da lista?, analisa Gisele.
Segundo a responsável pela CDL, isso se deve a um aquecimento da economia depois da crise e também pela época do ano favorável. ?No primeiro trimestre do ano, o consumo aumenta porque existem muitos feriados e datas de aquecimento no comércio?.
Sérgio Vieira, consumidor em Ji-Paraná, diz que ?ultimamente os consumidores tem tido mais oportunidades, tanto de emprego quanto de parcelamento nas compras, o que facilita na hora de se organizar pra pagar?, explica.
Donos de lojas também reconhecem o bom momento da economia. Eduardo Junior, administrador de uma loja da cidade, conta que no mesmo período no ano passado, a inadimplência era maior. ?Não sei se pela crise ou se pelo aquecimento do mercado de trabalho, mas com certeza esse ano está sendo melhor para o comerciante da cidade?, frisa Eduardo.
Daniele Nunes, responsável pelo CDL de Ji-Paraná, ressalta que outros indicadores comprovam o aquecimento do mercado. ?Nós tivemos um aumento perceptível nas consultas ao SPC por parte das lojas, o que demonstra que existem maior quantidade de pessoas fazendo compras, sem falar nas procuras por currículos, que também aumentaram?, finaliza a administradora da Câmara dos Dirigentes Lojistas.
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