Banco de Remédios atua em todo Brasil
(Paulo Demétrius) Qual o destino dos remédios que você tem em casa? Você se preocupa com a data de validade dos remédios antigos na sua gaveta? Foi pensando neste problema que a Associação de Amparo Social e CientÃfico aos Pacientes Renais Crônicos (SOSRIM), com sede em Porto Alegre, criou o Banco de Remédios. O CP conversou por telefone com o Diretor Presidente da Associação, Dámaso Silvera, que explicou de que forma é realizado esse trabalho.
Segundo o Presidente da SOSRIM, o Banco de Remédios lida com um problema no qual a saúde pública está de mãos atadas, justamente porque, a partir do momento em que o paciente passa a ser dono do remédio, o governo já não pode obrigá-lo a repassar adiante os remédios que porventura venham a sobrar, por qualquer motivo que seja.
Segundo algumas pesquisas, 40% dos remédios em circulação no território nacional, são perdidos por falta de uso. ?Diante dessa margem tão grande de remédios que não são utilizados, é que resolvemos criar esse projeto, e como o Sistema Ãnico de Saúde (SUS) não tem poder sobre o remédio na mão do paciente, nossa ONG trabalha como mediadora, entre os pacientes que tem medicamentos que não serão utilizados, e o paciente que precisa desse remédio?, relatou Dámaso.
O presidente explicou também, de que forma que esse trabalho pode ser feito em Rondônia. ?Atendemos, dentro da possibilidade, todo o território nacional, fazendo uma logÃstica diferenciada na doação e recepção de medicamentos, utilizamos uma rede social de ONGs e agentes sociais voluntários. Por exemplo, ? Caso alguém de Rondônia se interesse por esse trabalho, seja ele paciente, associado ou até mesmo outra ONG, basta entrar em contato conosco pelo telefone (51) 3211-5527 que iremos encaminhar toda a sistemática do programa para a pessoa interessada em ser voluntária ?, explanou o responsável pelo programa.
O principal foco do programa, está na logÃstica para a coleta desses remédios, ou seja, depois que o doador do remédio o repassou para o voluntário responsável pelo Banco de Remédios da região, a SOSRIM fará uma triagem no medicamento e o encaminhará para algum associado que necessite especificamente daquele remédio. ?à através dessa mediação, que nós atuamos. à possÃvel que um doador de remédios do sul do paÃs, beneficie alguém de São Paulo?, concluiu Dámaso Silvera.
A ONG completará 10 anos de existência esse ano, e já atua nos estados da região sul e São Paulo, atendendo cerca de mil pacientes por mês com assistência medicamentosa.
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