Não ao continuÃsmo de polÃtica governamental
Não ao continuÃsmo de polÃtica governamental
* Julio César Cardoso
A ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, também brilhou nas pesquisas em final de governo com excelente aprovação (cerca de 80%). Mas na hora H, o povo chileno, inteligente, viu que o continuÃsmo não era uma boa solução. Afinal, ninguém é insubstituÃvel. As ideias, ou seja, o conjunto de pensamentos de um indivÃduo ou grupo polÃtico não pode ser tomado de forma absoluta durante todo o tempo, e deve, com a devida prudência, ceder espaço à renovação natural do pensamento humano, filosófico e polÃtico. Assim, é salutar que haja descontinuidade filosofia polÃtica no comando da Nação, ou que não se radicalize com a ideia de que, sem a presença de alguém ou sem o seu apoio na direção presidencial, o Brasil não vai pra frente.
Por outro lado, um dirigente de uma Nação não deveria subestimar os esforços dos governos anteriores. Pois, os antecedentes históricos (positivos ou negativos) servem de alerta para o aperfeiçoamento na condução das polÃticas públicas de novos governantes. Da mesma forma, nenhum governo deveria supervalorizar alguns resultados porventura considerados positivos de sua administração como resposta a seus antecessores.Governar não é participar de concurso de desforra polÃtica.
Aqueles que pregam a continuação (polÃtica) de governo não devem esquecer de que qualquer hegemonia polÃtica só levará o PaÃs ao implacável autoritarismo. O que, aliás, já se vem sentindo, por exemplo, com os desmandos presidenciais ao Tribunal de Contas da União (TCU), que fez restrições à s obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e não foram obedecidas. Os governos democráticos precisam de constantes renovações. E todos deveriam ter essa conscientização.
à um grande erro achar que alguém seja insubstituÃvel no Brasil, embora as pesquisas lhe sejam favoráveis. O Chile deu o grande exemplo de democracia, refutando a hegemonia de poder, ao derrotar nas urnas o candidato da ex-presidente, Michelle Bachelet, cujo governo desfrutava de alto Ãndice de aprovação.
? Julio César Cardoso é Bacharel em Dirteito e servidor federal aposentado.
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