Ji-Paraná inicia cadastramento de doadores de medula
(Da Redação) O Grupo de Apoio aos Portadores de Câncer de Ji-Paraná (GAPC), em conjunto com uma equipe do Hospital do Câncer de Barretos (HCB) e voluntários, iniciou na manhã de ontem (12), uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea no município. A campanha, realizada das 8 às 18 horas, se encerra na próxima sexta-feira (17). Segundo os organizadores do evento, o objetivo da campanha é sensibilizar e cadastrar o maior número possível de pessoas para que façam parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).Durante toda a semana serão disponibilizados 14 pontos de cadastramento e coleta de sangue, além de uma unidade móvel que estará realizando o trabalho junto a empresas de Ji-Paraná.
A assistente social e Coordenadora da Campanha de Transplante de Medula do HCB, Naima Katib, disse que atualmente o Brasil é responsável por um milhão e trezentos mil cadastros de pessoas doadoras de medula óssea, enquanto os Estados Unidos possui um cadastro com 11 milhões de pessoas, o que mostra a grande necessidade de cadastrar o maior número possível de doadores. ?Os nossos números ainda são muito baixos, principalmente ao levarmos em conta que apenas 25% das pessoas que necessitam de transplante de medula óssea encontram um doador compatível. Sabemos que o medo ou falta de incentivo contribuem para que alguns decidam por não ser doador, por isso realizamos um trabalho de esclarecimento antes do período da campanha, realizando palestra em diversos locais do município?, explicou.
?Ser um doador é uma questão de amor ao próximo?, disse Naima, que solicita aos ji-paranaenses que compareçam a um dos pontos de coleta e realizem seu cadastro. ?Não há nenhum prejuízo para a nossa saúde, o transplante é 100% viabilizado pelo Governo Federal, sem custo algum. Peço a todos que colaborem e realizem o seu cadastro?, salientou Naima.
De acordo com a assistente social, pode ser doador todo o cidadão na faixa etária entre 18 a 55 anos, que não seja portador de HIV e não tenha passado por tratamento para câncer. No momento do cadastramento é coletado apenas 5 ml de sangue que é enviado para realização de estudo de compatibilidade. Em seguida este cadastro é enviado para o Redome que será consultado pelos pacientes. Somente após detectada a compatibilidade entre um doador e o paciente é que é realizado o transplante.
RISCO DE DOAÇÃO - A coordenadora explicou que não há nenhum risco para o doador, que o procedimento para retirada da medula é simples, o líquido é retirado da região posterior da bacia e não da medula espinhal como pensam algumas pessoas. É realizada retirada de apenas 10% do total da medula, e é feito com anestesia para que o doador não sinta dor. O que é retirado é reposto pelo nosso organismo em apenas 72 horas, não havendo prejuízo algum para a nossa saúde.
Conforme ainda Naima, os pacientes que necessitam de transplante são aqueles com leucemia e aplasia medular. Quando chegam ao estágio de tratamento onde é indicado o transplante, a vida dessas pessoas depende exclusivamente de se encontrar um doador compatível. Por causa da mistura racial brasileira e da constante diminuição do número de filhos das famílias, a possibilidade de se encontrar um doador é de um para cada 100 mil pesquisados.
LOCAIS DE CADASTRAMENTO: Supermercados Jeedá, Irmãos Gonçalves, Bom Dia, Taí Max- 1º e 2º Distrito, Taí da T-14 e Jumbinho do 2 de abril. Além de uma equipe que esta aposta na praça Dom Bosco, Sub-Prefeitura- anexo 1- Vila Jotão, Hospital Municipal, avenida Brasil com T-6 (próximo ao supermercado São João), Ulbra, Feirão do Produtor (apenas no dia 16) e Cedel no BNH ( apenas no período das 18 às 20 horas).
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