Julgamento que seria à revelia tem um dos acusados no banco dos réus
(Ministério Público) A terceira sessão de julgamento do Caso Urso Branco, prevista para ocorrer à revelia, na manhã de ontem (13), teve um dos três acusados sentados no banco dos réus. Marco Antônio Morais da Fonseca (Godói) foi recapturado no último sábado (8). Juntamente com ele, estão sendo julgados pelas 27 mortes ocorridas na unidade prisional em janeiro de 2002 Samuel Cavalcante Carvalho e Roberson dos Santos Carmo (Japão), que continuam foragidos do sistema prisional.
O julgamento começou com a leitura de peças processuais selecionadas pelo Ministério Público, por meio dos promotores de Justiça Renato Grieco Puppio e Cláudio Wolff Harger. Mais uma vez, a defesa não indicou documentos a serem lidos aos jurados.
O julgamento, que teve início por volta das 9 horas, foi concluído ontem, pelo fato de dois dos três réus não estarem presentes. No início dos trabalhos, o juiz Aldemir de Oliveira, que preside a sessão, explicou que o julgamento à revelia é possível em razão de modificação no Código Penal, que passou a possibilitar a intimação de acusados de crimes hediondos por meio de edital. O Magistrado explicou que os dois réus foragidos foram intimados pessoalmente, mas empreenderam fuga antes da sessão.
O único réu presente à sessão, Marco Antônio Morais da Fonseca, fugiu da Colônia Penal em janeiro deste ano. Ele cumpre pena por furto, lesão corporal, tentativa de homicídio e estelionato. Somadas, as penas chegam a 23 anos, dos quais o réu já cumpriu 9. As penas de Roberson dos Santos somam 20 anos, dos quais ele já cumpriu 11, por crimes como roubo qualificado, homicídio, furto e homicídio qualificado. Roberson fugiu do presídio de Ji-Paraná em outubro de 2009. Samuel Cavalcante tem 9 anos a cumprir dos 20 a que foi condenado por roubo qualificado, lesão corporal e motim em presídio. Ele empreendeu fuga da Colônia Penal em junho de 2009.
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