CREAS promove dia contra a pedofilia
(Da redação) Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), a cada ano, cerca de 1,8 milhão de crianças e adolescentes são explorados sexualmente em todo o planeta. No Brasil, de acordo com dados do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em torno de 100 mil crianças e adolescentes são vítimas de exploração sexual por ano.
Com objetivo de combater essa realidade a SEMAS (Secretaria de Assistência Social) de Ji-Paraná, através do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), iniciou na manhã de ontem (17), uma campanha de divulgação do 18 de Maio ? Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O principal objetivo da campanha é informar à população sobre essa triste realidade vivida em muitos lares, que é o abuso sexual de crianças e adolescentes, e também orientar e conscientizar no sentido de discutir o tema e combater esse crime. ?Muitas vezes, por falta de conhecimento, medo e dependência financeira, não é realizada a denúncia do abuso sexual. Atualmente em Ji-Paraná acompanhamos 62 casos que foram registrados oficialmente, mas sabemos que esse número é muito maior. Cremos que apenas 10% dos casos de abuso sexual são denunciados, principalmente porque ele acontece com mais freqüência no próprio ambiente familiar?, explicou Glécia Ranny Alves, coordenadora do Creas.
As causas e conseqüências deste crime, a necessidade de um comprometimento por parte da população contra esse fenômeno, no qual ela tem papel fundamental ao denunciar este tipo de violência, é parte primordial para o sucesso desta campanha. ?Muitas vezes esse fato não é considerado abuso pelos adultos que o praticam e também por aqueles que são conhecedores da realidade, só quando as crianças são inseridas em uma vida social e escolar, é que passam a perceber que está acontecendo alguma coisa errada. As denúncias podem ser feitas de forma anônima e o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que toda ela seja investigada, não havendo a necessidade de representação de algum familiar. O Conselho Tutelar, o Ministério Público, a Secretaria Municipal de Ação Social, o Creas, e todos os órgãos policiais estão à inteira disposição da sociedade para receber esse tipo de denúncia?, finalizou a assistente social Yolanda Acerbi, integrante do Creas.
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