Banco Mundial investe 127 mi em tratamento de HIV no Brasil
(Da redação) O Governo brasileiro e o Banco Mundial fecharam um acordo para ampliar as ações de combate a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis no País. O contrato prevê o empréstimo de US$ 67 milhões (equivalente a R$ 127 milhões) do Banco e uma contrapartida nacional de US$ 133 milhões (R$ 252 milhões).
A iniciativa tem dois focos principais: as populações vulneráveis ao HIV, por meio da ampliação de acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento; e os gestores locais, a partir da melhoria da governança, baseada em resultados. O recurso será destinado ao projeto Aids/SUS Estruturando a Governança da Resposta Nacional, programa do Sistema Único de Saúde brasileiro. Esta é a quarta etapa de um acordo que vem sendo negociado há mais de um ano.
Entre as metas estabelecidas no acordo, também está o aumento do uso do preservativo e da testagem antiaids entre profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis e outros grupos de risco. As novas ações também vão incluir treinamento, monitoramento e aprendizado a partir de ações de organizações da sociedade civil, além do desenvolvimento de novas diretrizes.
BANCO MUNDIAL - O Banco Mundial tem sido um parceiro do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde desde 1993, com quase US$ 500 milhões repassados em quatro empréstimos. ?Precisamos investir ainda mais em inovação e na qualificação da gestão por resultados, para obtermos novas conquistas no combate à doença. Este projeto com o Banco Mundial é de fundamental importância para atingirmos este objetivo?, enfatiza o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
O Ministério da Saúde tem investido fortemente na prevenção e tratamento do HIV/aids e das outras doenças sexualmente transmissíveis, com foco em grupos vulneráveis, e oferecendo tratamento antirretroviral para todos os pacientes que necessitam no Brasil. ?Muitos países estão analisando a experiência do Brasil para montar as suas próprias estratégias. À medida que o Brasil caminha para uma segunda geração de programas, e desenvolve novas respostas inovadoras para a epidemia, o Banco Mundial pode ajudar a partilhar essas experiências?, defende Makhtar Diop, diretor do Banco Mundial para o Brasil.
Segundo o Banco Mundial, os esforços do governo brasileiro e da sociedade civil ajudaram a evitar que a epidemia se alastrasse. O projeto Aids/SUS já envolve 480 municípios. De acordo com o Ministério da Saúde, 630 mil pessoas são portadoras do vírus HIV hoje, diferente da previsão feita em 2000, de que haveria 1,2 milhão de pessoas infectadas.
...