Brasil terá banco de perfis genéticos para identificar criminosos
Um banco onde ficarão armazenadas informações genéticas de pessoas que tenham praticado atos violentos ou sexuais é a mais nova ferramenta da PolÃcia Federal (PF) no combate ao crime. Conhecido pela sigla inglesa Codis, o novo software foi doado pelo FBI e permitirá à PF montar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, primeira experiência nacional na área.
Segundo o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, o acordo com o órgão norte-americano estabelece que a iniciativa seja expandida para os estados brasileiros. Desde o inÃcio do mês, técnicos do FBI se encontram no paÃs preparando os primeiros computadores que serão enviados para: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, EspÃrito Santo, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, ParaÃba, Bahia, Ceará, Amazonas, Amapá e Pará.
Já o treinamento dos peritos brasileiros que vão trabalhar na futura rede integrada do banco nacional teve inÃcio hoje (20), em BrasÃlia. Quando ela estiver funcionando de forma integrada, as informações federais e estaduais serão reunidas pelo Instituto Nacional de CriminalÃstica de BrasÃlia, onde funcionará o banco nacional.
?Temos um Ãndice muito baixo de resolução de crimes de homicÃdios e muitos deles poderiam ser solucionados se já tivéssemos este banco?, disse Corrêa, ao participar do Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, na tarde de hoje (20). ?Normalmente, o criminoso sexual é alguém que volta a praticar o mesmo tipo de crime. Então, se tivermos um banco como esse, com vestÃgios que nos permitam formar um banco de dados com o perfil genético dos criminosos, poderemos identificá-los a partir de provas que forem colhidas no local do crime.?
O pleno funcinamento do sistema, contudo, ainda vai depender da criação de uma lei que regulamente a coleta de material biológico dos presos condenados....