Reunião não resolve nada e Paulistas seguem sem estádio para Copa 2014
(Da redação) Foram duas horas de reunião e, se depender dos seis minutos gastos para explicar o que foi debatido, o encontro entre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o governador paulista, Alberto Goldman, foi bem improdutivo. Apesar da expectativa em torno de um anúncio concreto sobre o papel que a maior cidade do Brasil ? e da américa latina - terá na Copa do Mundo de 2014, essa pergunta segue sem uma resposta concreta.
O discurso ensaiado por políticos e o chefe do futebol brasileiro apontou que todos têm o interesse de que São Paulo receba o jogo de abertura da Copa do Mundo, como planejado desde o início deste processo envolvendo o Mundial no país. Porém, não houve nenhum novo argumento para justificar essa escolha.
?Tivemos um conversa e saímos imbuídos de que faremos o máximo possível para que a abertura seja em São Paulo?, afirmou Teixeira, que não deu mais detalhes sobre o que foi debatido a portas fechadas. ?Não se falou sobre estádio e dentro das próximas semanas vamos tentar achar uma solução?.
?Concordamos trabalhar nas próximas semanas para que se viabilize a abertura. Vamos fazer um esforço nessa direção, mas hoje não colocamos nenhuma opção [sobre estádios]?, reforçou o governador Alberto Goldman.
Nos últimos dias, o Palmeiras enviou documentos sobre o projeto da sua Arena Palestra ao governo estadual. Além disso, os paulistas ainda trabalham com a possibilidade de usar o Morumbi ou mesmo um Pacaembu remodelado. Todos os planos apresentados até aqui, no entanto, não possuem a capacidade de 65 mil pessoas exigida pela Fifa para abrigar um jogo de abertura.
Por outro lado, a CBF defende a construção de um novo estádio, que poderia ser erguido em um terreno em Pirituba. Para isso, no entanto, o mais provável seria a utilização de dinheiro público para que a obra fique pronta em tempo hábil para ser usada na Copa do Mundo, hipótese essa descartada mais uma vez pelos governantes paulistas.
?Não haverá recursos públicos na construção de estádios?, disse Kassab. ?Os investimentos públicos serão realizados apenas em equipamentos de infraestrutura que possam ser usados permanentemente pela população?, completou Goldman.
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